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Justiça procura brasileiros em cárceres na Ásia

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Após aceitarem a proposta e chegarem ao Camboja, os brasileiros não conseguiram mais sair e seguem no local sendo escravizados  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 13/10/2022, às 16h48   Camila Vieira


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Brasileiros que supostamente estariam vivendo em cárcere privado no Camboja, sudeste da Ásia, estão sendo procurados pela Justiça. Desde agosto estão sendo apurada denúncias de que haveria cerca de 100 homens e mulheres vítimas de tráfico de pessoas. O Ministério da Justiça investiga o caso.

As vítimas receberam ofertas de emprego no país com salário mensal de US$ 900, cerca de R$ 4,6 mil.  Após aceitarem a proposta e chegarem ao Camboja, não conseguiram mais sair e seguem no local. Homens e mulheres tiveram seus passaportes retidos e foram induzidos a assinar cláusula de confidencialidade, sendo submetidos a longas jornadas de trabalho, privação parcial de liberdade e abusos físicos. Sob ameaças, seriam obrigados a trabalhar em negócios ilegais, como aplicação de golpes virtuais.

A pasta informou que trabalha com órgãos internacionais para apurar o caso e prestar apoio às vítimas.Os alvos principais são pessoas jovens, entre 20 e 35 anos. As propostas de emprego são feitas, geralmente, em redes sociais, com promessas de condições de emprego dignas, possibilidade de crescimento e futuro promissor.

“As informações geram uma falsa ideia de seriedade e segurança. Na realidade relatada por quem conseguiu fugir do esquema, os criminosos tratam as pessoas traficadas como mercadorias, retém seus documentos e restringem sua liberdade. Há casos de violência e maus tratos físicos”, destaca nota da Justiça.

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