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Militares desalojam mais de 11.500 mineradores envolvidos em desmatamento de reserva natural na Venezuela

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Mineradores estavam envolvidos em desmatamento, queimadas, contaminação, etc  |   Bnews - Divulgação Reprodução/X/@dhernandezlarez

Publicado em 10/09/2023, às 15h24   Cadastrado por Sanny Santana


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As Forças Armadas da Venezuela desalojaram mais de 11.500 mineradores ilegais da maior reserva natural do país. A informação foi divulgada pelo chefe militar encarregado das operações neste domingo (10).

Segundo o general Domingo Hernández Lara, chefe do Comando Estratégico Operacional das Forças Armadas, os mineradores estão envolvidos em atividades como "desmatamento, queimadas, contaminação de fontes de água e perfurações subterrâneas", usando "mangueiras de alta pressão e maquinaria para remover a camada vegetal, além do uso de agentes poluentes, entre outros", causando destruição sistemática e contínua do meio ambiente no parque de Yapacana, no sul do país.

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Lara mencionou que entre os mineradores ilegais desalojados também havia estrangeiros, mas não especificou suas nacionalidades.

Segundo o Uol, o Defensor do Povo da Colômbia advertiu, em meados de junho, que o Ministério das Relações Exteriores adotasse "mecanismos que garantam o devido processo e o direito à defesa dos cidadãos que possam ser detidos durante operações militares das tropas venezuelanas nas minas auríferas de Yapacana".

Ele ainda instou as autoridades dos departamentos de Vichada e Guainía, fronteiriços com a Venezuela, a ativarem "planos de contingência" diante da eventual "deportação" de cerca de 7.000 colombianos da Venezuela.

A operação foi ativada em 1º de julho como parte da Operação Escudo Bolivariano Autana 2023, que as Forças Armadas realizam em Yapacana, o maior parque nacional do país com 320.000 hectares.

Em 4 de julho, o presidente Nicolás Maduro afirmou ter ordenado o desdobramento das Forças Armadas para combater o avanço da mineração ilegal que "vem destruindo a Amazônia da América do Sul (...) e da Venezuela".

A ONG SOS Orinoco, crítica ao governo, informou que até agosto de 2023 cerca de 23 minas ilegais afetavam 3.316 hectares do parque Yapacana. A organização ainda indicou que "as imagens de satélite confirmam que ainda existem áreas significativamente grandes onde essas minas permanecem intactas".

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