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Mulher descobre que sofreu quase cem estupros do próprio marido após ser dopada e desabafa: “Meu mundo está desabando”

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Uma mulher sofreu quase cem estupros enquanto era dopada pelo próprio marido, ao longo de dez anos, na França  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Redes Socias

Publicado em 06/09/2024, às 10h18   Redação



Uma mulher sofreu quase cem estupros enquanto era dopada pelo próprio marido, ao longo de dez anos, na França. Em depoimento à Justiça francesa, na quinta-feira (5), que teve a vida salva pelos policiais.

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De acordo com a Folha, a vítima se chama Gisèle Pelico e tem 71 anos. Ela foi ao tribunal no quarto dia de julgamento em Avignon, no sul francês. No total, 51 homens, incluindo seu marido, são réus no caso que horrorizou o país.

O caso veio à tona depois da captura de Dominique Pelicot, 71, o ex-marido da vítima, flagrado em um shopping filmando outras mulheres debaixo de suas saias no ano de 2020.

Nos dias seguintes à prisão, os investigadores encontraram em seus computadores cerca de 4.000 fotos e vídeos de sua esposa inconsciente e sendo estuprada por dezenas de homens.

"Meu mundo está desabando. Tudo está desabando, tudo o que eu construí durante 50 anos. Os policiais salvaram a minha vida. Fui sacrificada no altar do vício. [Nas imagens] apareço inerte na cama e estão me estuprando. São cenas bárbaras. Me trataram como uma boneca de pano. Eu me pergunto como aguentei [aos estupros]”, contou a vítima.

Os investigadores identificaram 92 estupros desde 2011, quando o casal vivia na região de Paris. Os crimes ficaram mais frequentes a partir de 2013, quando eles se mudaram para Mazan, e ocorreram até 2020.

Ainda segundo a polícia, o marido da vítima fazia a mulher ingerir ansiolíticos antes dos estupros. Ele orientava os outros homens, encontrados em um site de relacionamento, que não a acordasse.

Entre os réus estão 51 homens com idades que variam de 26 a 74 anos, incluindo Dominique Pelicot, que pode pegar até 20 anos de prisão. Na maior parte das vezes, os criminosos não usaram preservativos.

"Por um extraordinário golpe de sorte, [a vítima] não contraiu HIV, sífilis ou hepatite", disse a médica Anne Martinat Sainte-Beuve. A especialista, porém, relatou aos juízes que a mulher contraiu pelo menos quatro infecções sexualmente transmissíveis.

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