Mundo
O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, desabafou nesta sexta-feira (3), que tem a impressão que “nosso sangue vale menos” que o de pessoas nascidas em países considerado ricos. A declaração foi uma crítica às listas de pessoas autorizadas a deixar a Faixa de Gaza rumo ao Egito.
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“Não quero exagerar, mas possivelmente é porque somos de Terceiro Mundo e o sangue e a vida daquele Primeiro Mundo vale mais. É uma realidade. O mundo está tendo um desequilíbrio”, afirmou o embaixador, em entrevista ao UOL.
Segundo ainda Alzeben, além da vida dos brasileiros não ter 'o mesmo valor' que a de cidadãos de países desenvolvidos, a dos palestinos valeria ainda menos. “Quando se trata da morte de palestinos, parece um ‘efeito colateral’ e que a vida deles não vale tanto quanto a dos outros. Esta é uma realidade que sentimos e o mundo está sentindo”, afirmou o diplomata.
Os brasileiros que estão em Gaza seguem fora das listas de estrangeiros permitidos de deixar a região através da fronteira com o Egito, por meio da passagem de Rafah. Essa situação se estende desde quarta-feira (1º). O Itamaraty enviará, ainda hoje, questionamentos sobre os critérios de seleção das listas, conforme adianta a coluna de Ricardo Noblat no Metrópoles.
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