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ONU prevê que Terra atingirá limite em 2030 e toma atitude inesperada; saiba qual

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A ONU publicou um relatório sobre como estará a Terra em 2030 e resultados preocupam  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 21/03/2023, às 19h21   Cadastrado por Mariana De Siervi


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A Organização das Nações Unidas (ONU) publicou um relatório, nesta segunda-feira (20), afirmando que a Terra atingirá o seu limite ou "ponto de não retorno" em 2030, antes do que era esperado. Porém, a organização informou que um desastre climático pode ser evitado a partir do uso de energia e tecnologias limpas, por isso lançaram um “guia de sobrevivência para a humanidade”.

A pesquisa aponta ainda que a meta estabelecida pelos governos no Acordo de Paris em 2015 de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, não conseguirá ser atingida. Segundo especialistas, o mundo já aqueceu 1,1°C e deve ultrapassar os 1,5°C na década de 2030 e seria necessário que cortes rápidos no uso de combustíveis fósseis pudessem evitar piores mudanças, segundo o documento.

O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, comentou sobre as novas descobertas. Segundo ele, os países devem lançar planos para zerar a emissão de combustíveis fósseis em uma década. Para o secretário, essas metas precisam reduzir de forma rápida as emissões de gases de efeito estufa que aquecem a atmosfera do planeta. “Há uma janela de oportunidade que se fecha rapidamente para garantir um futuro habitável e sustentável para todos”, afirma o documento.

O "guia de sobrevivência" foi feito pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, órgão responsável por assessorar a ONU sobre o aumento de temperatura da Terra, aceito por todos os governos envolvidos. Atualmente, a concentração de do gás de aquecimento CO2 na atmosfera são as mais altas em 2 milhões de anos O mundo está mais quente do que nos últimos 125 mil anos, podendo ainda esquentar mais ainda.

Os especialistas informaram que programas como poços de petróleo e gasodutos aumentaram o orçamento de carbono restante na quantidade de CO2 e por isso eles relatam que é necessário manter dentro da temperatura limite.

Friederike Otto, do Imperial College, participante do relatório, relatou mais sobre possíveis soluções. “Se almejamos 1,5°C e alcançamos 1,6°C, ainda é muito melhor do que dizer que é tarde demais, estamos condenados e nem estou tentando. E acho que o que este relatório mostra muito, muito claramente, é que há muito a ganhar tentando”, falou.

Além de Otto, Oliver Geden, membro do Instituto Alemão para Assuntos Internacionais e de Segurança, também comentou sobre o assunto. “Não há um dia de corte (para os combustíveis fósseis), mas está claro que a infraestrutura de combustíveis fósseis que já temos irá explodir esse orçamento de carbono”, disse.

O relatório argumentou também que ultrapassar 1,5°C não será o fim do mundo, podendo ser apenas um “excesso temporário”. Os cientistas estão otimistas por causa da possibilidade de que mudanças na política climática dos países possam impulsionar grandes quedas no preço das energias solar e eólica.

Lili Fuhr, do Centro de Direito Ambiental Internacional, disse o que será necessário acontecer. “Sabemos o que precisa acontecer. “Sabemos o que precisa acontecer, mas a parte de remoção de carbono e as ideias de captura e armazenamento de carbono são uma grande distração. Mas acho que os defensores dessas tecnologias vão dizer que isso é um apelo maciço para investimentos na remoção de carbono”, informou.

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