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Saiba quem era o brasileiro encontrado morto após festa em Israel

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O brasileiro reforçou nas redes sociais que era apreciador de festas eletrônicas  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 10/10/2023, às 07h30 - Atualizado às 07h30   Pedro Moraes


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Após dois dias desaparecido, o brasileiro Ranani Glazer, encontrado morto nesta segunda-feira (9), estava dentro do evento onde mais de 200 corpos foram encontrados. A festa acontecia no deserto de Negev, próximo a Re-im, situado no sul de Israel. O fato ocorreu após o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas

Glazer participava da rave Universo Paralello, mas homens armados invadiram o local e abriram fogo contra os participantes.  “O Exército de Israel foi até a casa do meu irmão, pai do Ranani, que também mora em Israel. É tudo o que sabemos. Não temos informações de como e onde (o corpo foi encontrado)”, relatou Karen Glazer, tia do jovem, ao O GLOBO.

Brasileiro-israelense, ele tinha 24 anos de idade e nasceu no estado do Rio Grande do Sul.

Ele morava em Israel há cerca de sete anos e prestou serviço militar no país. Há cerca de seis meses, Ranani Glazer revelou o gosto por festas eletrônicas: "Fácil me encontrar numa rave", afirmou ele, em inglês, com uma foto registrada em Israel.

Mais recentemente, o jovem lançou uma série de publicações nas redes sociais de eventos em Tel Aviv, capital de Israel. Postagens recentes nos stories, com a Gaza como localização, foram publicadas. 

Abrigo do medo

No dia do massacre, Glazer se abrigou em um bunker, no entanto, o local foi atingido por uma bomba.Antes de morrer, o brasieiro gravou um vídeo de um bunker, onde se abrigou após o início do ataque. 

“No meio da rave a gente parou num bunker, começou uma guerra em Israel, pelo menos a gente está num bunker agora, seguro”, pontuou.

A namorada dele, Rafaela Treistman, que estava no mesmo evento, sobreviveu. Quem também estava na festa foi o amigo do casal, Rafael Zimerman, que se escondeu usando os corpos das vítimas. Zimerman foi resgatado junto com ela, hospitalizado e recebeu alta no último domingo, assim como Treistman.

“O bunker em que nos escondemos foi metralhado por integrantes do Hamas e depois jogaram gás para todo mundo morrer asfixiado, e foi quando comecei a pedir a Deus para sobreviver. Eu me senti em Auschwitz”, relatou Rafael.

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