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Tubarões se 'drogam' com cocaína jogada no mar por traficantes; entenda

(Reprodução / Canva)
Animais estariam viciados na cocaína  |   Bnews - Divulgação (Reprodução / Canva)
Marcelo Ramos

por Marcelo Ramos

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Publicado em 21/07/2023, às 10h10


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Milhares de tubarões podem ter ingerido grandes quantidades de cocaína jogadas no mar da Flórida, nos Estados Unidos, por traficantes de drogas que tentavam levar as drogas para o país. O caso está sendo investigado pelo biólogo Tom Hird, que é tema de um documentário que vai estrear no Discovery Channel chamado "Cocaine Sharks" (Tubarões-cocaína).

"A história mais profunda aqui é a maneira como os produtos químicos, fármacos e drogas ilícitas estão entrando em nossas águas - em nossos oceanos - e que efeito eles poderiam ter nesses delicados ecossistemas oceânicos", disse Hird à revista Live Science.

Vindos da América do Sul e Central, grandes placas de cocaína têm ido para as praias da Flórida por décadas. Os tijolos costumam ser jogados no mar e recolhidos por traficantes em barcos.

De acordo com Hird, pescadores têm contado histórias de tubarões viciados em drogas após consumir o material. Durante um mergulho, eles encontraram um tubarão-martelo se comportando de maneira estranha.

Em um experimento, Hird e a cientista ambiental da Universidade da Flórida, Tracy Fanara, criaram embalagens semelhantes em tamanho e aparência a fardos de cocaína reais. Eles observaram tubarões indo direto para os fardos e mordendo-os. Um tubarão pegou um fardo e nadou com ele, disseram eles.

Em outra ocasião, eles fizeram uma "bola de isca" de pó de peixe altamente concentrado, que desencadearia uma onda de dopamina semelhante a uma dose de cocaína. Os tubarões aparentemente ficaram loucos.

"Acho que temos um cenário potencial de como seria se você desse cocaína aos tubarões. Nós demos a eles o que eu acho que é a próxima melhor coisa. [Isso] colocou [seus] cérebros em chamas. Foi uma loucura", disse Hird no documentário.

De acordo com o biólogo, as pesquisas sobre o fenômeno precisam continuar, mas as primeiras impressões apontam para a confirmação da história dos pescadores.

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