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Na Sombra do Poder: medo das profundezas

Publicado em 20/10/2016, às 04h00   Equipe de Política


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Medo das profundezas I

Qualquer pessoa que esteve na ante-sala de Cunha, enquanto ele sentava na cadeira central da Casa Baixa do Congresso Nacional, lembra a romaria que por ali passava todos os dias. Favores, acordos, costuras, arranjos e confidências. Tudo isso, agora é motivo de preocupação. Por falar nisso, fontes do Bocão News afirmam que nenhuma “vivalma” quis pagar para ver o pós prisão de Cunha. Alguns já correram para suas “bases”, inclusive.

Medo das profundezas II

Marcelo Odebrecht continua preso e com a delação “amarrada” por razões não muito transparentes. É um disse me disse que aparece diariamente na imprensa sem precisão, no entanto, uma coisa é certa: se resolver dizer tudo, derruba muita gente. O receio, neste sentido, é geral. Dito isso, a prisão preventiva de Cunha tem potencial para ser tão impactante quanto se de fato o ex-deputado resolver falar o que sabe, finge saber, dizia saber. Os dividendos a ele são grandes e ninguém sabe qual o nível de organização e detalhamento que o ex-todo poderoso do “centrão” têm em mãos e está disposto a narrar.

Cai ou não cai?

Um deputado federal, pedindo para permanecer anônimo, confidenciou ao Bocão News a conversa que circula no governo: ora, a imprensa quer que o Planalto convoque uma coletiva para dizer que “a casa caiu”. Isso não vai acontecer, mas é essa a tensão que circunda os novos e velhos palacianos do Planalto Central.

Minha nada mole vida

Rui Costa não terá vida fácil nos próximos meses. O dinheiro está curto, mas sobre a economia ele consegue manter o equilíbrio e goza de credibilidade, contudo, quando o assunto é política, o governador tem um desafio sem tamanho. A quantidade de prefeitos da base insatisfeitos com a condução das Relações Institucionais é impressionante e o que circulava à “boca miúda” veio para o holofote. Deputados estaduais estão indignados e já largaram o “off” de lado. Querem ver mudança.

“Cortem a cabeça”

Josias Gomes é a bola da vez nas pedidas de saída. Querem tirá-lo a qualquer custo. Todos dizem que ele não atendeu a expectativa e por isso pedem a saída. “Nada pessoal”, diz um deputado ouvido pela reportagem. Nada pessoal, mas o pedido é para que seja mudado.

Criador e criatura

Uma das soluções apontadas pelos mais chegados ao governo é que Rui convide Jaques Wagner para assumir a Serin. O problema é que Wagner deu mostras de que não quer e o outro é o consenso de que se o “Galego” assumir Rui perde espaço. Ou seja, vão preferir procurar o criador.

A força que vem do Nilo

Águas passadas não movem moinho. Mas rio Nilo do Marcelo quer porque quer correr para as franjas do mar da majoritária. Marcelo Nilo continua liderando a bolsa das apostas para permanecer na presidência da Assembleia Legislativa. Aliado de Rui Costa, Nilo consegue agradar a base do governo. A oposição ameaça lançar candidato, mas só o fará se houver alguma possibilidade de vitória. A possibilidade de vitória está atrelada a instabilidade da base de Rui Costa na Assembleia. Ou seja, para conseguir um candidato competitivo, a oposição precisa que alguém do arco de aliança de Rui sinalize que pode “pular a cerca”. Por enquanto, ainda não se viu fumaça neste sentido.

É golpe!

Derrotado em Conquista, Fabrício Falcão (PCdoB) saiu menor do que entrou na disputa. A grande mostra disso são as conversas de bastidores. Na AL-BA, em tom de brincadeira, corre a tentativa de Bobô e Zó de tomarem a liderança do partido na Casa. Para todos os efeitos, o protesto já está ensaiado: é golpe!

O SIMM da ALBA

Desempregado em 2017, o prefeito de Simões Filho, Eduardo Alencar (PSD), foi visto vagando pela Assembleia Legislativa da Bahia. A procura, dizem as más línguas, é por uma vaga. Ele, inclusive, é especulado para o lugar de Fábio Vilas Boas, que não cai por conta de questões que correm dentro do Palácio de Ondina.

De mudança

O prefeito de Santo Amaro, Ricardo Machado (PT), sentiu os efeitos da derrota sofrida nas urnas nestas eleições municipais. Seu atual vice, Leo Pacheco (PSB), não conseguiu mais que 35,84% dos votos válidos contra o candidato eleito Flaviano (DEM). Um dia após a derrota, o petista juntou os panos, acomodou em um caminhão baú e se mandou para o novo lar em Lauro de Freitas. Por incrível que pareça, o novo endereço do petista é um condomínio onde reside um empresário que foi preso na operação Adsumus por fraude em licitações exatamente no município de Santo Amaro.

De olho no emprego

Por falar no gestor de Santo Amaro, as especulações sobre seu futuro já começaram. Há quem diga que ele será candidato a deputado nas eleições de 2018, mas para não ficar desempregado até lá, já se fala que ele será alocado na futura gestão da prefeita eleita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT). As conversas de bastidores é que outros seguidores do ainda prefeito devem ser abraçados na gestão petista em Lauro.

O SIMM de Lauro de Freitas

O Serviço de Intermediação de Mão de Obra deve passar também por Lauro de Freitas. O que tem de petistas e aliados, que perderam a mamata em Brasília, e já estão na articulação para conseguirem acomodações no futuro reino de Moema Gramacho não está no gibi. Vai ser muita gente querendo um cargo.

Bandejão de corredor

Existem assessoras na Assembleia Legislativa que almoçam nos corredores da Casa. As mesmas não são contratadas através do gabinete de um certo deputado, por isso, além de levarem a boia fria, tem que comer no corredor. O tal deputado não quer cheiro de alimentos no gabinete. Muitas vezes, as assessoras comem sentadas no chão. Outra dúvida que fica: se não são contratadas pelo gabinete, o que fazem ali? Desvio de função?

Classificação Indicativa: Livre

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