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Na Sombra do Poder: cidade peculiar

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Os bastidores da política baiana nesta semana  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews / Reprodução

Publicado em 26/04/2018, às 05h58   Editoria de Política


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Cidade peculiar

A situação política em Camaçari, principal polo industrial da Bahia, é dramática. Os dois principais grupos políticos do município estão sob a mira da Justiça e a última semana foi de tempestade, com direito a raios e trovões. Luiz Caetano teve a condenação mantida e, agora, Elinaldo tem ação criminal enviada ao Tribunal de Justiça. Um fez carreira solo, este é o petista. Já o segundo, foi eleito e loteou a gestão entre ACM Neto e Paulo Azi. Não foi nada bem.

Paulistando

E a história que se conta é que tem paulista chegando em Salvador. Trata-se de uma associação de São Paulo que atua na área de Saúde como Organização Social e que tem estreitas ligações com os tucanos de lá. Pois bem, a tal associação é tida como queridinho no Thomé de Souza para assumir a gestão de unidades de saúde na capital baiana. A conferir…

Falando nisso

A insatisfação com o Instituto Gerir é grande na região cacaueira. O pessoal assumiu a gestão do hospital por convite após a licitação “dar fracassada”. Chegou com a “marra” de quem tem tudo organizado, mas não tem agradado ninguém. O contrato, inicialmente, temporário deve ser encerrado sob pena de provocar maiores complicações para o secretário Fábio Vilas Boas.

Boca no trombone

O presidente da Câmara de Salvador, Leo Prates (DEM), que teve nome sondado para integrar a chapa majoritária de Zé Ronaldo (DEM), decidiu desabafar no Twitter. Logo nas primeiras horas desta quarta (24), o democrata foi lá e bradou: "Bom dia! Só porque alguns necessitam que eu soletre: SOU PRÉ-CANDIDATO A DEPUTADO ESTADUAL". Ok. Recado dado.

Não por acaso

A sede por sangue político continua presente nos “corações e mentes” de aliados do prefeito ACM Neto. Leo Prates é tido como um dos candidatos fortes ao Legislativo que poderiam ser “sacrificados” numa chapa majoritária para dar espaço (leia-se votos) a outro “Menudo”. Não adianta, Leo não quer, mas tem quem queira.

É a selva

Pois bem, Leo Prates já recebeu o apoio declarado de três candidatos à presidência da Câmara Municipal. Com o número de postulações crescendo (outros dois já manifestaram interesse), é capaz de o atual presidente nem ter “trabalho” para se eleger. 

É a selva II

A disputa precoce tem se mantido em um nível amistoso para quem vê de fora. Lá dentro do Cosme de Farias o papo é outro. É um falando mal do outro. A fofoca correndo solta e se continuar assim não vai sobrar pedra sobre pedra. Quem souber mais podre pode até vencer, mas não vai sobrar muita base para “governar”.

A defesa das mulheres

Tem gerado burburinho no extremo-sul baiano a briga entre o vice-prefeito de Guaratinga Ezequiel Xavier (PSB) e a prefeita Christine Pinto (PSD), com quem o socialista rompeu e agora direciona ataques a torto e a direito na cidade. Áudios atribuídos ao vice têm palavras pejorativas e até "cachorra" já se ouviu. Por outro lado, há no município quem questione: onde está a Comissão da Mulher da AL-BA, que tem Fabíola Mansur, deputada do PSB, como titular. Fabíola é do partido do vice? Estão aguardando uma palavra de apoio por lá.

Centro-esquerda

Considerando a força e a importância do PSD no governo do estado, será difícil o governador Rui Costa (PT) tirar a vaga ao Senado da sigla para acomodar a senadora Lídice da Mata (PSB). Ainda assim, há setores nos partidos de esquerda, inclusive do PT, que veem na pessebista uma opção melhor em comparação ao indicado do PSD, Angelo Coronel. A parlamentar tem um nicho forte e fiel de eleitores, que preferem votar nela do que em um postulante de centro-direita.

Ato falho

O governador Rui Costa afirmou que quer ver Angelo Coronel no Senado em 2019. Acabou o mistério? O petista diz que não, mas ato falho de governador não passa sem ser notado. 

Partido e não nome

A defesa dos aliados é de que os partidos têm lugar na majoritária e não “nomes”. O critério favorece Coronel. Já no caso do ex-governador Jaques Wagner, é nome e não partido que vale.

Olha ele aí

Marcelo Nilo sendo Marcelo Nilo sempre em suas entrevistas. Sempre polêmico, tornou a remoer a história da eleição da ALBA, que se tivesse concorrido teria ganhado de Coronel, que o PCdoB barganhou 20 mil votos ao presidente para apoiar o candidato do PSD, que Jutahy foi ingrato porque não articulou os votos dos tucanos em favor dele e, apesar de dizer que se dá bem com Coronel, exala um profundo ressentimento com o colega parlamentar. 

Comunistas…

Os camaradas comunistas ficaram araras com Nilo. Difícil para remendar o estrago. Davidson Magalhães prontamente disparou que quem negocia voto é Nilo e a história mostra isso.

Social Democratas

Nilo também disse, na lata, que entre votar em Coronel e Jutahy no Senado vota em branco. Depois disse votaria em que Coronel. Deputado! Na urna é só o senhor e Deus, da mesma forma que declarou que entre Lídice e Coronel, Wagner, o qual conhece “como a palma da mão”, não opta por Coronel...

Não ficou sem resposta

Jutahy Magalhães Júnior pegou ar e não foi pouco com a história da entrevista de Nilo. Nos mesmos microfones da Itapoan FM disse que isso só diz respeito a eles dois, tentou tirar de tempo dos holofotes ao dizer que não responde por respeito à família dele. Era uma amizade roxa e tanta! Até no anexo da ALBA Nilo colocou o nome do pai de Jutahy. Na divisão das bases, Nilo preferiu Wagner e Jutahy foi pra ACM Neto a contragosto. 

De luz acesa

Seis empresas de olho na PPP da iluminação pública de Salvador que pode sair por mais de R$ 1 bilhão divididos em 20 anos. É uma tal de FM Rodrigues, que abocanhou os quase R$ 7 bilhões de São Paulo e está enrolada na Justiça de lá com a prefeitura, quer abocanhar por cá. Junior Magalhães foi enfático na Itapoan FM em dizer que lá é lá, e cá é cá. Apesar de casos diferentes, o caso pode levantar suspeitas para a oposição descer a ripa.

Pela suplência

Quando, e se, juntar os cacos, a oposição a Rui Costa travará uma disputa: quem indicará o suplente de Irmão Lázaro ao Senado. O deputado bem votado é tido como nome forte na disputa pela vaga na Casa Alta do Senado e há quem pregue que a sua suplência está cobiçada. Explica-se: Irmão Lázaro não quer conta com Brasília e deve se licenciar tão logo, caso seja eleito. 

João e José

Não se sabe qual será o desfecho das candidaturas da oposição, mas o fato é que ninguém parece querer abrir mão. José Ronaldo não fala em outra hipótese que não a de ser candidato ao governo. João Gualberto também não parece fraquejar. Mais uma semana transcorreu sem solução. Ambos deram entrevista em tudo que é lugar e tentaram explicar a desistência de Neto. Resta saber quem será o próximo a deixar a linha de frente.

Classificação Indicativa: Livre

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