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Na Sombra do Poder: Ela quer falar 

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Os bastidores da política baiana  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Youtube/ Redes sociais

Publicado em 18/02/2021, às 05h00   Editoria de Política


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Salvador: Sodoma e Gomorra
Há décadas, a Bahia sabe que as festinhas realizadas em um balneário na ilha eram recheadas de cenas dignas de Sodoma e Gomorra. Empreiteiros, assessores e fornecedores diversos levavam suas digníssimas esposas como ofertas a alguns “caciques" da política local. Fato esse que, até hoje, pairam dúvidas sobre paternidades e DNAs estranhos. Essa semana sacudiu a pseudosociedade soteropolitana a história de um ex-banqueiro que corrompia domésticas, filhas e até netas no badalado pedaço de ilha. Tudo regado a muito vinho tinto e botox pra dar e vender. Sodoma e Gomorra são fichinha perto das histórias narradas há mais de 30 anos no referido local. Muito lixo e luxo pra quem se deleita. 

Ela quer falar 
Uma famosa figura do cenário político local, aconselhada por amigos e familiares, quer falar. A moça não aguenta mais a pressão que lhe é imputada 24 horas nos lugares onde chega. Dizem que, se ela abrir a boca, explode meio mundo do território baiano, principalmente para as bandas da terra do cacau. 

Faroeste: tiro, porrada e bomba 
A Lava Jato baiana está longe de acabar. A delação da desembargadora Ilona Reis, segundo fontes da NSP, promete devastar a região de Busca Vida e Litoral Norte. A doutora não teria poupado nenhum “santo barroco” do Judiciário. Dizem que é tiro, porrada e BOMBA. 

Tchau, Galvão 

A saída deprimente do ex-secretário de Saúde do município, Luiz Galvão, aliado de primeira ordem do agora ministro João Roma, foi o comentário do final de semana em Praia do Forte. Em algumas das suntuosas casas do balneário, o buchicho era o porquê ninguém entrou para dar um “help” ao rapaz. A ordem veio de cima. O ex-prefeito ACM Neto mandou decepar a cabeça do garoto sem dó nem piedade, mandando um recado gelado para o seu padrinho João Roma... Quem pariu Galvão que balance.

Bruno retou

O prefeito Bruno Reis subiu nas tamancas e pegou ar como nunca se viu ao comentar os protestos pelo retorno das aulas presenciais em Salvador. Com voz agitada e olhos nervosos, Reis chamou a turma de irresponsável em querer tal coisa diante de um quadro tão severo da Covid-19 na cidade.  

Quem pagará essa fatura?
Rui Costa, o governador que tanto fala em Educação, passou 2020 a passos largos do assunto sem apresentar nenhuma alternativa para que estudantes da rede pública estadual pudessem ter assegurado o direito básico de estudar. A pandemia colocou à prova o discurso trivial e escancarou a falta de planejamento e organização. Entramos em um novo ano sem perspectivas e reféns unicamente do retorno presencial das aulas. Quem pagará essa fatura?

Sem autoridade
A palavra convence, mas o exemplo arrasta. A máxima usada no mundo dos coaches ilustra a dificuldade das autoridades políticas de serem ouvidas nos seus apelos por distanciamento social e uso de máscara. Em outubro passado, no fervor da campanha eleitoral, esses mesmos estavam aglomerados, por vezes sem proteção facial e alheios aos estragos do vírus. O mau exemplo deles não legitima o erro daqueles que hoje ignoram a Covid-19 fazendo festas e paredões, nem tira a validade e importância das medidas restritivas... mas o prejuízo do mau exemplo está posto.

Sequelas presidenciais
Deputados governistas ainda remoem as sequelas da disputa pela presidência da Assembleia Legislativa da Bahia, quase três semanas depois. Um deles disse à NSP que a operação que garantiu Adolfo Menezes na cadeira mais poderosa da Casa teve o dedo de Jaques Wagner e Otto Alencar com a intenção também de forçar um chega pra lá no PP. 

30 moedas progressistas

Os pepistas, por sua vez, ainda lambem as feridas por não terem levado a candidatura própria até o fim. Um deles chegou a dizer que a jornada de Niltinho foi abortada depois que Nelson Leal saiu do Palácio de Ondina com 30 moedas de prata a serem recolhidas na SDE. 

Leão não segurou a língua
Dizem nos corredores do governo que João Leão, vice-governador, pode morder a boca e deixar de assumir a chefia da Casa Civil, como já alardeou para Deus e o mundo. É que o senador e ex-governador Jaques Wagner está de olho na pasta, que é estratégica no seu arranjo para a campanha de 2022. Leão não segurou a língua, e o acordo interno entre ele e Rui pode ir para o espaço.

Neto por trás da câmera

Ao que parece, o presidente do Democratas, ACM Neto, está se esforçando para deixar o protagonismo desde que passou a chave do Thomé de Souza para Bruno Reis. Ele está até preferindo ficar atrás da câmera, como é possível ver nesse clique de Bruno ao lado dos deputados federais Marcelo Nilo, coordenador da bancada da Bahia, e Paulo Azi, no seu próprio escritório. Resta saber se isso é humildade ou se é cautela na articulação que está costurando para tirar Marcelo Nilo da base do governador Rui Costa.

PPU
Bruno Reis falava durante a campanha eleitoral que buscaria conselhos em ACM Neto em tempos difíceis. Pois bem, em menos de dois meses de gestão, Reis vive o sufoco da pandemia em níveis alarmantes. E aí, a criatura já pediu ppu ao criador?

O dedo coçou...
E por falar em aperto, dizem as más línguas que Bruno Reis ficou se coçando para ligar pra João Roma e pedir uma ajudinha federal nas vacinas. Mas aí lembrou da confusão cinematográfica dele com ACM Neto e repensou.

Jeito Roma de caminhar

Em meio à treta de Neto e Roma, um adendo: o perfil de "menudo" já declarava independência. "Escolhe a estrada e o jeito de caminhar"... 

Não se reprima
E, por ironia, a ordem do tempo se inverteu. Se em outrora eram juntos e shallow now, agora é o clássico dos Menudos. "Vá em frente, entre numa boa, faça o que o coração mandar" - Não se Reprima.

Briga de comadres

Figuras experientes da política baiana dizem que não passa de ‘jogo de cena’ - muito bem feito, por sinal - o rompimento entre ACM Neto e João Roma. A pergunta que se faz é: Neto vai deixar de capitalizar os proveitos que Roma pode trazer ao estado via Ministério da Cidadania?

Só observo 

Enquanto isso, Paulo Azi observa a treta de camarote, ou melhor, da vice-liderança do Governo Bolsonaro. 

Vai perder a boquinha?
E outra pergunta que não quer calar: ACM Neto também dará chilique contra as indicações que os deputados do DEM fizeram para cargos federais aqui na Bahia? Leur Lomanto Jr. tem o Ibama, Paulo Azi o Incra, Arthur Maia domina a Codevasf Lapa e Elmar Nascimento a Codevasf Juazeiro. Neto vai obrigar os aliados a largarem a boquinha no Governo Bolsonaro?   

A recompensa do carregador de malas

O deputado federal e filho do governador João Leão, Cacá Leão, está vivendo dias de glória em Brasília. Além de ter sido escolhido por unanimidade como líder da bancada do PP na Câmara, goza hoje de um íntimo trânsito com o presidente da Casa, Arthur Lira, seu colega de partido, para quem fez campanha intensamente. Dizem por lá, que ele já foi o “carregador de malas” de Lira em tempos menos abastados para os progressistas e que agora a recompensa chegou. 

Filho perdido?

Seria o deputado federal Arthur Maia (DEM) um filho perdido de Collor (PROS) pela Bahia? Ambos possuem aspectos muitos semelhantes fisicamente e também na forma de se expressar em entrevistas. O linguajar e a forma de se pronunciar são bem parecidos. Se nunca reparou, repare. Só tem uma dúvida: o democrata baiano teria aquilo roxo também?

Filho, acenda a luz

Quem também revelou uma filiação inusitada foi o ex-secretário de Educação e ex-diretor de Iluminação de Salvador, Bruno Barral. Escreveu numa rede social que ACM Neto o chamava de filho, inclusive quando levava puxão de orelha por causa de postes apagados pela cidade.  

Sobra disposição, falta molejo
Sobra disposição, falta molejo para o secretário da Sempre, Kiki Bispo, que meteu dança no "samba de roda" com as idosas do abrigo Dom Pedro. Todos embalados com a segunda dose da vacina.

Classificação Indicativa: Livre

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