Colunas / Na Sombra do Poder
Publicado em 05/12/2024, às 05h40 - Atualizado às 06h40 Editoria de Política
Obras do amor
Um famoso empreiteiro local tem vivido um affair para lá de Marrakech com uma “novinha” da capital baiana. O rapaz tem virado noites e noites na região do Wish Hotel, aproveitando o “love” tórrido que o acometeu, enquanto a moça vive “tirando o chapéu” pelo centro do cidade em badalados eventos da society tupiniquim. Entre cliques pelos blogs de fofoca sociais da cidade, ela desfila elegância e bolsas da Dior e Hermes, tudo isso já presentinhos do rapaz apaixonado, que, por sinal, tem se esquecido até de comparecer a licitações que participa. Ahh, o amor...
Elmar e as cartas
Os caciques da política baiana estão atrás de uma cigana que consiga ler nas cartas qual será o destino de Elmar Nascimento em 2025. O líder do União Brasil - que viu sua candidatura a presidente da Câmara ser destroçada pelo amigo de carnavais Arthur Lira e por correligionários - quer agora um novo lugar: entrar na base de Lula e, por tabela, de Jerônimo, ocupando espaços. Atuais aliados do PT torcem o nariz, o pescoço, torcem tudo contra a entrada de Elmar. Lembram que o rival de Adolfo Menezes já xingou Lula, elogiou Bolsonaro e que seria uma traição ao eleitor ele mudar de lado. Qual espaço teria Elmar no grupo? E 2026? Certamente embolaria mais a definição da chapa - antes de ser preterido na disputa na Câmara, o cacique do União queria ser senador. As ciganas do litoral norte estão fugindo: as cartas estão embaralhadas demais e difíceis de decifrar.
O iluminado
A NSP ficou sabendo que um rapaz muito iluminado participou da licitação de gestão de energia da Prefeitura de Salvador e tem causado uma confusão grande com outros mangangões do setor. O rapaz acostumado a traquinagens com construção civil e depois com livros, agora descambou para energia elétrica. Será que vai acabar com a luz da cidade? Estamos de olho ... e com lanterna, caso haja apagão.
A cartola de Jerônimo
Jerônimo terá um dezembro quente, pelo menos na cachola, pois haja articulações para fazer, mudar o comando de pelo menos quatro secretarias sem deixar na boca de nenhum aliado - antigo, novo ou a embarcar - um gosto amargo nas festividades de Natal e da Virada. As eleições municipais deixaram aliados mais gulosos, outros querendo manter espaços e quem conseguir acertar os nomes que serão mudados no CAB terá cacife para arriscar a Mega da Virada. Jerônimo ainda precisa resolver uma pendenga para o retorno do PP - haja mágica para fazer e haja coelho para tirar da cartola até o dia 31.
(V)Otto Não
Enquanto o senador Otto Alencar (PSD-BA) se destaca no Senado pelo apoio quase incondicional ao governo do presidente Lula, seu primogênito, o deputado federal Otto Filho (PSD-BA), ganhou destaque esta semana por se posicionar contra a urgência do Pacote de Corte de Gastos do Governo Federal. O parlamentar foi o único representante do PSD baiano a votar contra a matéria, que foi aprovada com placar apertado (apenas 10 votos a mais que o mínimo necessário). O voto NÃO de Otto Filho surpreendeu os parlamentares da base dos governos Lula e Jerônimo. Otto Filho também anda distante de suas bases eleitorais. No último fim de semana, por exemplo, ele permaneceu em Brasília, onde foi visto na sexta-feira (29) junto a um animado grupo num almoço na badalada Churrascaria Steak Bull que se estendeu até às 17h.
Joceval “sumido” Rodrigues
A coluna pensava que o vereador Joceval Rodrigues estava com vergonha do seu resultado nas urnas, mas a situação é ainda pior. Fontes da NSP revelaram que o edil solicitou que um dos funcionários do seu gabinete juntasse todos os seus pertences em uma caixa e o entregasse, à noite, em frente à Câmara Municipal, para que ele nem precisasse entrar no prédio. Já as poucas presenças obtidas nas sessões ordinárias são resultado de uma passagem mais rápida do que o Papa-Léguas fugindo do Coiote, como foi na última terça-feira (3). Pelo menos foi em horário de expediente, já que da última vez ele chegou uma hora antes do início da sessão, e saiu procurando a servidora responsável por marcar o ponto dos vereadores a torto e a direito. Achou a mulher no meio do almoço e conseguiu a presença.
A conta não fecha
Tem vereador que não ganhou, mas está feliz. Um exemplo disso é Palhinha, que confia tanto na palavra de Bruno Reis que anda sorrindo à toa, ciente de que sua suplência não durará um dia sequer, pois logo assumirá uma das 43 cadeiras na Câmara. Acontece que, além dele, tem mais uns dois edis confiando na escolha do prefeito para ascender à vereança. Se apenas dois forem escolhidos, como dizem que será, alguém vai ficar de fora. A ver.
O Bloco do Eu Sozinho
Enquanto isso, "do outro lado é desespero”. O governador ainda não abriu conversas com os seus colegas de partido que perderam as eleições. Sem mexer, o quadro do PT será formado unicamente por Marta Rodrigues.
Guerreira
Por falar em Marta, a mulher segurou firme a doença e a perda de seu filho. Quem a viu e vê na Câmara, sempre antenada em todos os assuntos e disposta a encarar a base, nem imagina o que tem vivido na área pessoal.
Relação abalada?
Um vereador baiano, aliado de Jerônimo Rodrigues, recebeu uma proposta um tanto quanto inesperada de 'passar' para o outro lado, já que perdeu a eleição municipal. O que se sabe é que esse lá e low na Bahia se faz cada vez mais presente. Mas a pergunta que não quer calar é: será que ele vai aceitar o convite?
UPB vem aí
Com a chegada da eleição para a presidência da UPB, os candidatos já estão fazendo todas as articulações possíveis para angariar votos. Inclusive, um prefeito pra lá de importante pode desistir da disputa e apoiar o coleguinha. Aguardando as cenas dos próximos capítulos.
Haja articulação
Por mais que negue publicamente, Tagner, aliado de primeira ordem de Luiz Caetano, vem sendo cotado para o secretariado da nova gestão. Mas, caso decida seguir como vereador, ele deve buscar a presidência da Câmara camaçariense. Esta segunda possibilidade é mais complicada já que deve contar com concorrência de Dilson, também ligado a Caetano, e o fato de a bancada aliada ao novo prefeito ser a minoria na Casa, fazendo com que a articulação seja complicada.
Barbeiro
Se recuperando de uma cirurgia no pé, o senador Jaques Wagner (PT) tem circulado pelo Senado de carrinho elétrico. Porém, sem ter o costume de pilotar o “veículo”, Wagner tem “atropelado” com frequência as pessoas que circulam pela Casa. Na manhã desta quarta (4), quando deixava a CCJ acompanhado de assessores, Wagner não conseguiu frear a tempo e esbarrou numa servidora que transitava no corredor das comissões. Felizmente, ninguém se machucou. O senador conta que está se recuperando bem e, em pouco tempo, deixará de lado o carrinho elétrico e as “barbeiragens” que vem cometendo em seu novo meio de deslocamento.
Ausência Sentida
Chamou a atenção de todos que acompanharam o depoimento do deputado Glauber Braga (PSol-RJ) na sessão do Conselho de Ética que avalia o processo de cassação do parlamentar do Rio de Janeiro, a ausência completa de integrantes do colegiado. Dos membros efetivos e suplentes do Conselho de Ética, apenas o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) e Paulo Magalhães (PSD-BA), relator do processo contra Glauber, compareceram. Nem mesmo os deputados do NOVO, que representaram contra Glauber Braga, apareceram para inquirir o parlamentar.
Academia Brasiliense com gostinho de Bahia
O prestígio dos juristas baianos segue em alta na capital federal. Na próxima quarta-feira (11), será instalada, em Brasília, a Academia Brasiliense de Direito, que tem como presidente o constitucionalista baiano, Manoel Jorge e Silva Neto, professor das faculdades de Direito da UFBA e da UnB. A academia que ele vai comandar traz nomes de peso do mundo jurídico, como a ex-ministra do TSE, Maria Cláudia Bucchianeri, õ advogado Nabor Bulhões, defensor de Marcelo Odebrecht na Operação Lava-Jato, e o ex-procurador-geral da República, o também baiano Augusto Aras. A cerimônia de instalação da Academia terá como ponto alto uma conferência do atual PGR Paulo Gonet.
Eleições na ALBA
E Adolfo? A eleição para a presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) está uma novela mexicana sem fim. A deputada estadual Ivana Bastos (PSD) quase foi à loucura após o presidente do seu partido na Bahia, senador Otto Alencar, afirmar que ela é nome de consenso do PSD para uma possível candidatura ao comando do legislativo baiano. Tanto é que ela postou a fala do senador, em entrevista à imprensa, em suas redes sociais, inclusive afirmando que, já que é assim, se coloca à disposição, como se já não tivesse tentado disputar em 2023 e como se já não viesse tentando se viabilizar para pegar a cadeira mais importante da ALBA para o próximo biênio há meses. Mas, e Adolfo, aliado de primeira hora de Otto, um dos caciques do partido no estado? Pois é. O que a deputada esqueceu de incluir no texto da postagem é que o consenso ao seu nome é, se e somente se, Adolfo Menezes não conseguir aval jurídico para disputar a reeleição dentro da mesma legislatura. Ou seja, calma lá, minha senhora, devagar com o andor que o santo é de barro.
Sandice magistral
"Nós podemos entender que aquilo que aquele policial fez em São Paulo, na ponte, que desde ontem está sendo repetido nas televisões brasileiras, nos telejornais, é uma liberdade de expressão? Se nós levarmos a liberdade de expressão ao absoluto, ele estaria protegido pela liberdade de expressão. A liberdade de expressão abarca qualquer expressão? O marido que bate na mulher dentro de casa? [...] é óbvio que o ilícito não se encaixa em liberdade de expressão". Essa foi a fala do ministro do STF, Dias Toffoli, durante julgamento da responsabilidade de provedores por conteúdos de terceiros nas redes? O ministro conseguiu enxergar "liberdade de expressão" em jogar alguém de uma ponte. Liberdade de expressão que se discute não é sobre falar, escrever? O que estava na cabeça de Toffoli? Isto se chama falácia de falsa equivalência.
Como ficam os jornalistas?
O cerimonial responsável pelo encontro do Diretório Estadual do MDB com prefeitos e vice-prefeitos eleitos pelo partido em 2024, que ocorreu no Hotel Mercure, no Rio Vermelho, na semana passada, parecia não estar muito bem alinhado com a assessoria do governador Jerônimo Rodrigues. Um dos assessores de Jerônimo pediu que os jornalistas aguardassem em uma sala, que havia sido reservada para o gestor estadual e sua trupe. Sala essa com um banquete de comes e bebes. Quando umas das pessoas do cerimonial entrou na sala, botou para fora os poucos profissionais de imprensa que foram cobrir o evento, alegando que aquela sala era restrita. Um tempo depois, o assessor de Jerônimo, sem saber o que tinha acontecido, mandou todo mundo voltar para sala, pois era ali que o governador ia falar. E os jornalistas ficam como?
Empurrando com a barriga
O TCU não deu um retorno à ViaBahia e nem à ANTT sobre a homologação do controverso acordo de rescisão firmado entre a concessionária e a agência, em outubro, que prevê o fim das operações da empresa no dia 31 dezembro — além de uma indenização para lá de recheada. A ViaBahia esperava que o destrato fosse homologado até quarta-feira (4) — o que não ocorreu — para receber a indenização de R$ 892 milhões, mesmo após deixar as BRs-324 e 116 entregues às traças. Com isso, a novela sobre a saída da empresa administradora das rodovias federais baianas deve perdurar até o ano que vem — uma vez que o Tribunal vai entrar em recesso no próximo dia 18 e só retorna aos trabalhos em meados de janeiro para, a partir daí, analisar o acordo em plenário.
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