Colunas / Na Sombra do Poder

Na Sombra do Poder: Pegasus

Imagem Na Sombra do Poder: Pegasus
Os bastidores da politica baiana  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 28/04/2022, às 06h00   Redação


FacebookTwitterWhatsApp

Pegasus
Pegasus, filho do amor impossível de Poseidon e Medusa, é o pano de fundo de um enredo que tomou conta da prefeitura de Salvador. Uma famosa executiva do Thomé de Souza foi pega em flagrante esta semana saindo de um motel no Imbuí. Não demorou muito para a moça ser apelidada de Pegasus. Bem constrangida, tentou se explicar, mas a turma não perdoou. Dentro do Thomé de Souza, dá-se conta que ela pode ser a próxima da lista de Bruno Reis a rodar. O rapaz que estava ao lado no carro não quis se pronunciar. E a turma que não perde uma boa piada tratou de dizer: se liga que a Pegasus vai te pegar.
Ficou pequeno
Um famoso gigante, acostumado a andar nos shoppings da cidade e em restaurantes de luxo, e que atua na área de saúde, ficou pequeno. O rapaz que tinha tanta influência na época da pandemia, viu seu império ruir. Hoje as grandes personalidades do trade de saúde o renegam, e nem encostam. Essa semana ele foi visto sozinho tomando uma taça de vinho fajuto em um restaurante japonês, abandonado e largado às traça, às cinco horas da tarde de uma terça-feira. Pelo jeito o gigante ficou pequeno. Perdeu força. 
Faltou ar
A operação da Polícia Federal para apurar irregularidades na compra dos respiradores deixou muito empresário e playboy da cidade em polvorosa e com falta de ar. Muitos desses playboys que operavam, que operaram muito na pandemia, vendendo álcool em gel, máscara e até fazendo lobby para respiradores, foram parar na escada de suas mansões no Horto Florestal e no luxuoso bairro da Vitória. Quando viram os carros da Polícia Federal transitando pelos bairros nobres, trataram de se esconder nas escadas de emergência. Foi um pandemônio. A turma que não perde uma piada, lá para a hora do almoço, com tudo já mais calmo, começavam a relaxar e dizer um para o outro: “faltou ar”. A NSP alerta: ainda vai faltar muito mais.
Zé Ronaldo escancarou
O registro de uma agenda de ACM Neto pelo interior da Bahia escancarou o desânimo Zé Ronaldo, ex-prefeito de Feira de Santana, com a campanha eleitoral. Sem previsão de ganhar a vaga de vice, o feirense anda cabisbaixo e não esconde de ninguém o descontentamento desde que foi escanteado do jogo da majoritária, como mostra o vídeo a seguir. 
Bacharel 
Prazer, meu nome é bacharel e eu estudei administração. Sou vereador de Salvador nas horas vagas. Meu nome é...
Internamente, o pessoal da CMS não perdoou a trapalhada judicial que marcou a semana.
Gatilho
A oposição finalmente colocou na mesa um requerimento para a CPI dos Respiradores na Assembleia. A operação da Polícia Federal esta semana foi o gatilho que faltava para a formalização. “Se não saísse, a gente ia ficar desmoralizado”, confessou um parlamentar.
Sem digitais
O requerimento teve apenas as 21 assinaturas exigidas regimental, isso porque os deputados do PP tomaram chá de sumiço e esquivaram de pedir investigação contra um governo do qual fizeram parte. Ao que parece os seis bonitões que restaram na bancada estadual ainda desconhecem o termo oposição.  
Efeito colateral
Mas o verdadeiro motivo da recusa, todavia, pode estar no temor de que o cacique do partido, vice-governador João Leão, seja arrastado para a guerra de narrativas, afinal de contas ele teve o nome mencionado em depoimentos de empresários que foram alvos da operação Ragnarok. Um deles, o empresário Cleber Isaac, citado como “intermediário” na compra frustrada dos respiradores, alvo de busca e apreensão da PF esta semana no Corredor da Vitória.
Distância segura
Quem também não colocou a digital na peça foi o ex-secretário de Salvador, Leo Prates (PDT). Internamente, ele se disse estar “impedido” porque trabalhou junto com a Sesab no enfrentamento à pandemia e não poderia se indispor que os quadros técnicos do governo, com quem desenvolveu relações estreitas de cooperação. Mas o que diz no intramuros do legislativo é outra coisa, que ele quer ficar a metro de distância de qualquer imbróglio sobre saúde e pandemia.
PP: Um P lá um P cá
Nunca se viu um lá e low tão intenso como nesta pré-campanha eleitoral. Muita gente que diz estar de um lado, também está – como num passe de ubiquidade - no outro. Nos bastidores, dizem que alguns quadros do PP estão fazendo jogo duplo e ainda preservam espaços no governo. Um cargo aqui, uma indicação ali, e o jogo vai seguindo numa espécie de salve-se quem puder. Os mais experientes dizem que quando a campanha esquentar vai ser impossível manter as boquinhas.
Encantados
Por falar em lá e low, muitos prefeitos pelo interior da Bahia – mesmo aqueles que já subiram em palanques – seguem divididos entre os principais candidatos. Os prefeitos mais jovens, especialmente os de primeiro mandato, saem encantados com a projeção eleitoral que escutam na Governadoria e com a facilidade com que conseguem os recursos. Mas quando voltam às cidades, suas bases eleitorais dizem que ainda é muito cedo para decidir a cor da camisa.  
Vacinados
Já os gestores mais experientes, sobem e descem de palanques sem muitos receios e preocupações. Dizem que estão vacinados contra o assédio e que toda campanha é essa mesma agonia, mas que nem sempre a coisa se resolve na tinta da caneta e dos convênios. É a síntese das conversas nos cafezinhos.  
O voto de Waldir
O melhor resumo para essa movimentação está na famosa expressão: “Já comi, já bebi…meu voto é de Waldir”. Entendedores entenderão.
São Francisco de Neto
Prefeito e vice de São Francisco do Conde declararam apoio a ACM Neto e provocaram uma situação inusitada. Antônio Calmon (o papai urso) e Nem do Caípe (liderança importante do PT) agora vão se juntar aos adversários locais do clã Valentim no mesmo palanque para pedir votos ao ex-prefeito de Salvador. O efeito colateral da articulação respingou diretamente em Rosemberg Pinto, que tem bases na cidade. 
Deixou para trás
Ao romper politicamente e pular para o outro lado, Geraldo Júnior deixou para trás aliados com quem ensaiava outros passos eleitorais. Além do vereador Emerson Penalva em Salvador, o presidente da Câmara de Camaçari, Júnior Borges (União Brasil), perdeu o status de amigo-irmão. Agora é alemão!    
Tomando um mé

O senador Otto Alencar quebrou o protocolo do palanque e virou no gogó um gole de mel em durante uma edição do PGP no interior da Bahia. O lambedor foi um presente do pessoal da Agricultura Familiar, e teve de ser compartilhado com os colegas de chapa Geraldo e Jerônimo, que incentivou a golada: “mostra que é catingueiro mesmo”. Pra não deixar dúvidas sobre a procedência da bebida, o senador advertiu nas redes sociais: “Não pense que é uma boa pinga”.
Amém
É de conhecimento dos mais próximos e dos profissionais de imprensa da capital baiana a religiosidade do diretor da Defesa Civil, Sosthenes Macedo. O que não era de se esperar é que ele faria um servidor da pasta "dizer amém" ao longo de dois minutos...
Siga o BNews no Google Notícias e receba as principais notícias do dia em primeira mão.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp

Tags