Na Sombra do Poder: Sobre novinhas e boletos

Virou moda na capital baiana, algumas filhinhas de papai, da classe média high society tupiniquim, abrirem mão de seus diplomas e cargos de herdeiras em algumas combalidas e falidas empresas da família para caçarem, literalmente, jovens e afortunados empresários, políticos, membros do judiciário local e até “laranjas”de ex-caciques baianos. A modalidade se dá sempre do mesmo jeito: se conhecem pelo Instagram, marcam viagens para São Paulo (Campos do Jordão), preferencialmente pelas altas mega stores de luxo na capital da garoa, e pronto, golpe consumado. Daí para frente, elas começam a entregar seus boletos de cartão de crédito e carros de luxo para os “otários” de plantão assumirem em seus fluxos financeiros. Alguns até já pensam em se mudar para Sampa, com a novinha a tiracolo levando uma vida de “Alice” na terra da Avenida paulista. A NSP alerta as “jovens”, em plena era do empoderamento feminino: trabalho honesto e vergonha na cara não faz mal para ninguém.

Anarriê da cara de pau
São João chegando e é tempo de ver um monte de político cara de pau com casaco Cheade cheirando a naftalina subirem aos palcos do interior baiano para saudarem à população como se fossem os César dos tempos da Roma antiga. Basta uma breve olhada nas redes sociais deles para já começarmos a ver a cara de pau, o sorriso amarelo com casca de amendoim decorando os caninos e o copo de licor barato. Logo após os acenos aos bastardos aglomerados para verem o próximo sertanejo, os caras de peroba entram em suas SW4 com seus motoristas e asseclas e partem para próxima cidade com um mau humor infeliz, mas cumprindo a missão do “Anarriê “. Viva São João da Peroba!

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A rainha das águas

Uma servidora dos tempos de Netuno, detentora de uma força absurda na empresa de águas baiana, vem perdendo a força da sua “mordida” nas decisões centrais. Com a chegada do novo presidente, considerado gestor pra frente e técnico, ela viu sua dentada de pitbull virar mordida de poodle toy desdentado. Os colegas de trabalho estão agradecendo a todos os santos, literalmente, e soltando fogos. Pelo jeito a “coroa” vai ter que se adaptar a velocidade dos novinhos.

Tonhão, Tonhão
O ex-prefeito Tonhão (PP), de Barreiras, já tomou uma decisão sobre a candidatura do seu grupo político na cidade em 2024: o candidato não será seu filho Antônio Henrique Jr., deputado estadual. O nome dele foi rejeitado pelo pai, porque seu mandato representa os prefeitos do oeste baiano, que podem ficar sem representante na Assembleia com uma saída do parlamentar. Nas próximas eleições, a família deve ser representada pelo próprio Tonhão ou por seu neto, Danilo.

EUA sim, Brasil não

O vereador Téo Senna causou polêmica na última semana ao propor a mudança do nome de uma rua na Pituba, de Alameda das Catabas para Alameda Beverly Hills, em referência a uma cidade dos Estados Unidos. Mas o BNews descobriu que, em outra oportunidade, o parlamentar soteropolitano votou contra a mudança do nome de uma rua para homenagear a baianíssima Mãe Aninha, fundadora de um dos principais terreiros de candomblé do mundo e heroína da liberdade religiosa no país. EUA sim, mas Brasil não?

Assessor indigesto

Tem assessor de comunicação que se acha “01” e quer mandar mais que os assessorados. Pense em uma pessoa indigesta para toda a classe jornalística soteropolitana? É ele! Não só pela pose de polícia, mas também por não fazer o básico que é atender a imprensa: macetoso, nunca sabe de nada e acaba demandando os seus subalternos. Essa história a gente já viu e não acaba bem! Abre o olho, HB!

Promoção negada

A ex-primeira-dama Fátima Mendonça tem feito uma série de revelações sobre os bastidores das gestões petistas na Bahia. Depois de detalhar a formação da chapa encabeçada por Jerônimo para a disputa do governo do Estado, a esposa do ex-governador Jaques Wagner revelou que o diretor-geral da TVE, Flávio Gonçalves, recebeu um convite do presidente Lula para assumir a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). "A gente não deixou", brincou Fátima. Em seguida, ela revelou que foi feita uma "forcinha" para que Flávio permanece no cargo.

Em time que está ganhando não se mexe

Com a aproximação das eleições municipais do ano que vem, os diálogos para as formações de chapa já vêm acontecendo. Apesar de afirmar publicamente que só vai falar de política depois do Carnaval de 2024, o atual prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), deve ser de fato o candidato do grupo Carlista para a disputa do Palácio Thomé de Souza. Pessoas ligadas ao prefeito descartam, pelo menos por hora, uma eventual candidatura de ACM Neto. Essa volta é encarada como pouco viável, já que pode causar um racha na direita soteropolitana, que poderia se ver dívida em três candidatos: ACM Neto, Bruno Reis e João Roma, que já demonstrou interesse na disputa. 

Nada é por acaso

Ainda falando na disputa pela prefeitura de Salvador, o discurso de Bruno Reis no foco em entrega de obras e projetos não é por acaso. A avaliação é de que parte significativa do eleitorado tem pouco interesse nas questões político-partidárias envolvendo os postulantes à Prefeitura de Salvador. Esse perfil de “entregador de obras”, que fez sucesso com o ex-governador Rui Costa (PT), não deve ser usado apenas por Bruno. Um integrante da atual gestão aponta que esse mesmo perfil será adotado pelo atual presidente da Conder, José Trindade; um dos favoritos para ser o candidato do grupo do governo do Estado para eleição.

Plantação?
Informações chegadas à NSP indicam que há uma tentativa de processo de fritura, por fontes escusas e com interesses bem definidos, contra Afonso Florence. Internamente dentro do Governo Jerônimo, por outro lado, o secretário é visto como mantendo um trabalho discreto, mas eficiente.

Aliás...
Florence contraria, inclusive, tudo o que se esperava dele: enquanto deputado, fazia parte da tropa de choque do PT na Câmara, causando barulho de toda forma que podia. Agora, aquietou-se.

O cacique Jerônimo
Jerônimo deve mesmo fazer uma dança das cadeiras em breve no seu secretariado. O recado dado na semana passada foi claro: "quem não estiver no mesmo ritmo de governo, vai ter que tirar o cocar".

Seria um sinal?
O ministro Rui Costa, que está sofrendo um forte processo de fritura em Brasília (ao tentar levar o seu jeito de fazer política na Bahia para a capital do país), começa a voltar a aparecer em conversas sobre articulação política local. Seria um sinal?

O poderoso ministro

Quando Jaques Wagner escolheu seu amigo Rui Costa para ser seu sucessor, deu a ele toda a liberdade para conduzir o grupo governista. No poder, Rui escanteou o conselho político, concentrou decisões e se mostrou vitorioso com esse modelo. Na sequência, Rui escolheu Jerônimo Rodrigues para a sua sucessão e esperava-se que fosse dado ao pupilo a mesma liberdade que ele teve. Ledo engano. Rui dá muitas cartas e, pelo jeito, quer dar as principais.

Relação estremecida

Outra amizade de longa data é a de Wagner e Rui. Eles se conheceram no início dos anos 1980, atuando no sindicalismo do Polo Petroquímico de Camaçari. Mas o jeito de Rui conduzir as coisas tem abalado a relação entre os dois. Wagner não está gostando nada do estilo concentrador do amigo e já deu algumas cutucadas, como no caso da ex-primeira-dama Aline Peixoto no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).

De olho nas origens

A queda de Florence significaria o retorno de Marcus Cavalcanti. E não é só ele que está em Brasília de olho para retornar ao governo da Bahia, o mesmo ocorre com Elisa Pelegrini, que cuidava de toda a parte administrativa da Secretaria das Relações Institucionais (Serin), e deixou o governo do estado em dezembro, para virar assessora do ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais de Lula. Nos bastidores do governo, comenta-se que ela deve ser a substituta de Luiz Caetano, quando ele se lançar candidato à prefeitura de Camaçari em 2024.

Osso duro de roer

Alguns servidores da Serin é que não estão gostando nada dessa possibilidade. Dizem nos corredores da Secretaria que Elisa é osso duro de roer e cobra bastante seus subordinados por resultado. Outros dizem, porém, que ela é competente, entrega tudo que pedem e, por isso, era queridinha de Rui Costa durante seu mandato. Petistas de raiz torcem o bico, porque ela foi quadro político da gestão de Paulo Souto, lá no início do século.

Os recados de Roma

João Roma voltou a dar entrevistas dizendo que a gestão Bruno Reis "carece de marca própria". Resta saber se ele vai vir forte como candidato de oposição com marca própria em 2024 ou apenas estaria pleiteando uma vaga de vice ao lado do chefe do Thomé de Souza.

Mandou essa?

ACM Neto, que foi aliado do Governo Bolsonaro nos últimos quatro anos, foi às redes sociais ontem para cobrar o PT pelas péssimas condições da BR-324.