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5,5 milhões caíram na pobreza no Nordeste; veja os piores cenários da região

Alf Ribeiro / Folhapress
Considerando a renda das famílias, 47,3 milhões de brasileiros terminaram o ano passado na pobreza  |   Bnews - Divulgação Alf Ribeiro / Folhapress

Publicado em 26/06/2022, às 11h44   Redação BNews com informações da Folhapress


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No Nordeste, 5,5 milhões caíram na pobreza no ano passado, elevando o número de pobres na região para 22,8 milhões, quase 40% da população nesta parte do país.  Os dados fazem parte de levantamento realizado pelo Imds (Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social).

Segundo a análise, enquanto a pobreza avançou 12,5% em Sergipe, a maior alta do país, quase o triplo da média nacional que foi de 5%. Na avaliação da equipe do Imds, um fator para a oscilação na renda foi o auxílio emergencial.

O levantamento apontou que, no Maranhão, o auxilio reduziu a pobreza em 2020, que passou a afetar 37% da população. É um patamar alto, mas foi o menor percentual de maranhenses empobrecidos em 10 anos. No ano passado, porém, a parcela de pobres passou a ser 48,5%, quase metade da população, e o pior patamar nos mesmos dez anos –3,5 milhões terminaram 2021 na pobreza.

Montanha russa parecida ocorreu no Rio Grande do Norte. A parcela de pobres caiu para 24% em 2020, e saltou para 34,5% no ano passado. Outra vez, piso e teto em 10  anos.

Pernambuco viveu um fenômeno diferente. Não teve redução drástica de pobreza em 2020, mas sentiu o repique na sequência. Terminou o ano com quase 44% da população na pobreza, 4,2 milhões de pernambucanos. Foi a primeira vez que o indicador ficou acima de 40% na série. O maior percentual até então havia sido o de 38,2% em 2012.

Brasil
Considerando a renda das famílias, 47,3 milhões de brasileiros terminaram o ano passado na pobreza. O número equivale a 22,3% do total da população brasileira, o maior percentual em 10 anos, segundo levantamento o Imds.

As séries do Imds que contabilizam pobreza tomam como base a renda per capita familiar (por pessoa) apurada a partir das séries da Pnadc do IBGE (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O levantamento foi iniciado em 2012.

O Imds fez uma linha histórica da pobreza estimando dados da antiga Pnad (1992-2015) com a atual Pandc. Nessa projeção de longo prazo, o nível de pobreza de 2021 é comparável ao registrado em 2010, mas praticamente metade do indicador nos anos de 1990, quando a pobreza chegou a atingir 40% da população.

A linha de corte para pobreza é a mesma adotada pelo Banco Mundial, viver com renda diária no valor de US$ 1,9, cerca de R$ 10, ou menos que isso.

Os levantamentos regionais e para estados consideram os efeitos sobre o rendimento do custo de cestas básicas de consumo local. Os critérios foram desenvolvidos por IBGE, Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe). Seus valores são atualizados pela INPC, índice de inflação que afeta mais a baixa renda.

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