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Área ao redor de mina em Maceió afunda em velocidade de 2,6 cm/hora

Reprodução/ Braskem
A mina envolve a criação de poços que injetam água na camada de sal, gerando uma solução salina  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Braskem

Publicado em 01/12/2023, às 15h26   Cadastrado por Mariana De Siervi


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A Defesa Civil de Maceió emitiu um comunicado no final da manhã desta sexta-feira (1º), informando que a área ao redor da mina 18 da Braskem está afundando a uma velocidade de 2,6 cm por hora. O órgão declarou estar em "alerta máximo" e ressaltou que medidas de controle e monitoramento estão sendo aplicadas para reduzir o risco. O deslocamento vertical acumulado na área da mina já chega a 1,42 metros. As informações são do UOL.

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A recomendação da Defesa Civil é que a população evite transitar na área desocupada. Desde quarta-feira (29), 23 residências próximas ao Mutange foram desocupadas, e na quinta-feira (30) um novo aviso foi emitido sobre a possibilidade de colapso, com prazo previsto para às 6h de hoje. No entanto, até o momento da tarde, nenhum incidente ocorreu.

O "pior cenário" projetado pela Defesa Civil em caso de colapso mostra a formação de uma cratera com 152 metros de raio, com possibilidade de atingir a Lagoa Mundaú. Entretanto, a área está isolada e não são esperados efeitos ecológicos imediatos.

A MINA 

O método utilizado pela Braskem para explorar a mina envolve a criação de poços que injetam água na camada de sal, gerando uma solução salina. Essa solução é então retirada das minas e levada para a superfície, sendo posteriormente substituída por um material líquido para estabilizar o solo. Em Maceió, esse processo ocorreu de 1979 a 2019.

No entanto, ao longo desses mais de 40 anos de exploração, houve vazamentos líquidos em parte dessas minas, resultando em instabilidade no solo e formação de cavidades, como a da mina 18. Ao todo, existem 35 minas na área urbana que estão passando por um processo de recuperação. Esse problema causou afundamento do solo em cinco bairros e o deslocamento de quase 60 mil pessoas nos últimos cinco anos.

Ontem, por decisão judicial, a área de risco foi ampliada, incluindo 1.700 lotes que agora exigem a retirada dos moradores. Cada lote abriga, no mínimo, uma residência.

Segundo a empresa, ela está "acompanha de forma ininterrupta os dados de monitoramento, que são compartilhados em tempo real com a Defesa Civil Municipal”.

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