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Assalto ao Banco Central: Suspeito de participar do furto de R$ 160 milhões é preso 17 anos após o crime

Imagem Assalto ao Banco Central: Suspeito de participar do furto de R$ 160 milhões é preso 17 anos após o crime
Furto é considerado o maior da história do Brasil  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 18/04/2022, às 08h44   Redação


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A polícia prendeu um homem, de 59 anos, suspeito de participar do furto ao Banco Central, em 2005, no centro de Fortaleza, quando foram levados mais de R$ 160 milhões do cofre. De acordo com a polícia, ele foi capturado em cumprimento a mandado de prisão expedido pela Justiça Federal no Estado do Ceará. A prisão foi feita por policiais da Força-Tarefa SUSP de Combate ao Crime Organizado no Estado do Ceará.

O suspeito já havia sido preso anteriormente por participação direta no furto, que é considerado o maior da história do Brasil, mas foi posto em liberdade após alvará de soltura. Agora, por causa do cumprimento da nova ordem de prisão, expedida em março de 2022, ele será encaminhado ao sistema prisional cearense, onde permanecerá à disposição da Justiça Federal.

O furto
O crime aconteceu na madrugada de 5 para 6 de agosto de 2005, quando a quadrilha entrou no caixa-forte do Banco Central por meio de um túnel, e levou mais de três toneladas em notas de R$ 50. O grupo passou por baixo de uma das mais movimentadas vias do Centro de Fortaleza, a Avenida Dom Manuel. O túnel partia de uma casa alugada pela quadrilha. O crime só foi descoberto na segunda-feira, dia 8 de agosto.

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Dos R$ 164,7 milhões furtados, a Polícia Federal estima que foram recuperados R$ 60 milhões, por meio da venda de bens dos participantes ou pelo resgate de quantias em espécie durante as investigações.

Outros envolvidos
Ao total, 119 réus foram condenados pela Justiça Federal no Ceará por ligação com o crime que entrou na história. A quadrilha tinha ao menos outros três líderes. Luís Fernando Ribeiro, o 'Fernandinho', teria sido o financiador da construção do túnel de 75 metros que levava até a caixa-forte do Banco, ao pagar cerca de R$ 800 mil. Ele não foi condenado porque foi encontrado morto em Minas Gerais, em outubro de 2005, depois de ser sequestrado em São Paulo e a sua família pagar R$ 2 milhões para ele ser liberado. A principal suspeita recaiu sobre policiais civis.

Davi Silvano da Silva, o 'Véi Davi', que seria o mentor intelectual do túnel, foi preso no Bairro Mondubim, em Fortaleza, em setembro de 2005, junto de quatro comparsas, na posse de R$ 12,5 milhões furtados. Ele foi sentenciado a 47 anos de prisão, mas teve a pena reduzida para 17 anos e seis meses, na instância superior.

E Moisés Teixeira da Silva, o 'Tatuzão', paulista, que tinha esse apelido porque era especialista em cavar túneis. Ele foi o último líder da quadrilha preso, apenas em julho de 2009, em São Paulo. Foi condenado a 16 anos de prisão em um processo por furto, formação de quadrilha e uso de documento falso, na Justiça Federal, e teve a pena reduzida para 14 anos.

Em março, uma mulher, de 41 anos, cuja identidade não foi revelada pela Polícia Federal, também foi presa suspeita de participação no crime. Ela foi capturada na cidade de Boa Viagem, no interior do Ceará.

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