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Casos de feminicídio contra indígenas preocupam; uma das vítima estava grávida

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A vítima foi levada para uma UTI em Cuiabá (MT), mas não resistiu  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Redes Sociais

Publicado em 02/12/2022, às 18h24   Camila Vieira


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Homicídos contra mulheres indígenas tem sido uma realidade nas aldeias e preocupam as comunidades que vivem nas tribos. No último caso, a jovem indígena Rarajuty Karajá, de 21 anos, estava grávida de quatro meses quando foi brutalmente espancada pelo companheiro e morreu no hospital. O crime aconteceu à meia-noite do dia 30 de outubro em aldeia na Ilha do Bananal. Ela foi levada para uma UTI em Cuiabá (MT), mas não resistiu e morreu no dia 22 de outubro.

O crime gerou revolta na comunidade e a família pede Justiça.b"O marido dela chegou do nada falando um monte de besteira, aí bateu. Bateu ela muito. Aí nós estamos lutando para polícia pegar ", disse Mabulewe Karajá, irmão da vítima. O indígena que agrediu Rarajuty na Ilha do Bananal é menor de idade e por isso a Justiça pediu uma manifestação da Funai quanto à possibilidade de internação.

Na última quarta-feira, 30 de novembro, outro caso de feminicídio contra uma indígena foi registrado em Santa Fé do Araguaia. Marinalva Karajá, de 41 anos, foi morta a facadas pelo companheiro. Rafaela Karajá, líder e pesquisadora, denuncia a falta de comprometimento das organizações em notificar os casos corretamente como violência doméstica e diz que isso atrapalha o avanço de políticas públicas para combater os crimes nas aldeias.

Sobre o caso da indígena Rarajuty, a Fundação Nacional do Índio (Funai) informou que está adotando as medidas necessárias em relação ao menor suspeito da agressão, juntamente com o judiciário. Sobre o caso da indígena Marinalva, a Polícia Civil informou que homem foi levado para a delegacia de Araguaína e autuado em flagrante por feminicídio.

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