Polícia

Delegado armado que invadiu a casa e ameaçou a mulher é afastado pela Polícia Civil

Reprodução/Vídeo
Em um vídeo registrado por câmeras de segurança, o oficial chegou a dizer que iria 'estourar' a cabeça da vítima  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Vídeo

Publicado em 01/12/2022, às 19h00   José Ivan Neto


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Bruno França Ferreira, o delegado que estava armado ao invadir a casa de uma mulher em Cuiabá, Mato Grosso, foi afastado de forma preventiva por 60 dias pela Corregedoria Geral da Polícia Civil de Mato Grosso. O ato foi determinado nesta quinta-feira (1). 

A medida, de dois meses, ainda pode ser prorrogada pelo mesmo número de dias. De acordo com França, a moça teria descumprido uma medida protetiva contra o enteado dele, de 13 anos. Além disso, ele responderá a um inquérito policial por conta de um pedido protocolado pelo Ministério Público Estadual.

A invasão de França ocorreu na noite desta segunda-feira (28), e foi registrada por câmeras de segurança do imóvel. No vídeo, é possível ouvir o agente ameaçando a moça, dizendo que vai ‘estourar’ a cabeça dela. De acordo com a família, ele ainda chegou a apontar a arma para uma criança de 4 anos. 

Segundo a corregedoria, a sindicância administrativa busca investigar a conduta de França em relação à entrada e abordagem à família na residência, além da forma como tratou o advogado da mulher na Central de Flagrantes da polícia. O delegado será notificado, assim como seu superior e a Coordenadoria de Gestão da Polícia Civil.

O delegado, através de uma nota, se desculpou em relação ao susto causado à criança presente na residência. Também expôs que o enteado o procurou pedindo socorro, já que a mulher foi até a quadra poliesportiva do condomínio, onde ela mora e ele estava como visitante, e iniciou os ataques contra ele.

O delegado ainda afirma que bateu na porta da casa, mas como não teve resposta, decidiu arrombá-la. Relatou que em "nenhum momento apontei arma de fogo para nenhuma das pessoas na casa". 

"A Polícia Civil existe para proteger as pessoas e não para assustá-las, motivo pelo qual espero que um dia essa criança possa me perdoar", disse.

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