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Aracaju: Criança de dois anos que morreu após estupro sofreu politraumaismo, diz polícia

Reprodução/SSP/SE/Arquivo
De acordo com a DHPP e o IML, as apurações da investigação e laudo apontaram que o padrasto e a mãe da vítima foram os autores do crime  |   Bnews - Divulgação Reprodução/SSP/SE/Arquivo

Publicado em 18/10/2022, às 11h12 - Atualizado às 11h15   Cadastrado por Pedro Moraes


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Uma criança, de dois anos, foi vítima de estupro e agressão física no interior de Sergipe. Após o padrasto se entregar à polícia, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o Instituto Médico Legal (IML) divulgaram os detalhes da investigação e do exame de corpo de delito. 

Em entrevista coletiva, realizada na manhã desta terça-feira (18), os departamentos apontaram como foi o procedimento que constatou o politraumaismo e abuso sexual sofrido por uma criança de dois anos vítima de politraumatismo em Aracaju.

Segundo a diretora do DHPP, delegada Juliana Alcoforado, o padrasto admitiu a prática de todos os crimes contra a criança. “Admitindo não apenas a violência física, que foi a causa da morte, mas também admitindo o abuso sexual reiterado. Ele está preso temporariamente e será solicitada a conversão em preventiva”, afirmou.

Em contrapartida, a mãe e o padrasto buscaram socorro para a criança. “A criança já deu entrada no hospital sem vida. Foi tentada toda a sorte de ressuscitação e o que os médicos poderiam fazer, mas, infelizmente, a criança não resistiu e veio a óbito”, explicou.

Além disso, ficou constatado pela investigação que a mãe é conivente com os crimes. “Está muito claro e não há dúvidas de que a mãe não somente participava das agressões físicas contra a criança, mas tinha visualizado os sinais da agressão sexual, a partir do corpo da vítima e não tomou providencia quanto a isso”, relatou.

Constatação do abuso 

Com a entrada da criança no Hospital Fernando Franco, na Zona Sul da capital, no dia 7 de outubro, ocorreram os desdobramentos das análises, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju (SMS).

“Quando nos deparamos com uma criança do sexo masculino com o relato de abuso sexual, temos que ter muito cuidado. Pois diferentemente do órgão genital feminino, o ânus possui uma capacidade de cicatrização muito intensa. Por isso, doenças clínicas como síndromes intestinais podem causar o relaxamento do tônus esfincteriano”, citou o diretor do Instituto Médico Legal, Victor Barros.

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