BNews Nordeste
Publicado em 18/03/2022, às 11h35 Redação Bnews
Após assinar a venda do Polo Potiguar para a 3R Petroleum por US$ 1,38 bilhão em janeiro, a Petrobras deve encerrar suas operações de produção de petróleo e gás no Rio Grande do Norte até o primeiro trimestre de 2023.
A empresa brasileira 3R Petroleum, que assinou a compra do Polo Potiguar à Petrobras, anunciou investimentos de R$ 7,3 bilhões até 2032 na produção de petróleo e gás no Rio Grande do Norte, durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte nesta quinta-feira (17).
O polo envolve 22 concessões de campos de produção, junto com a infraestrutura de processamento, refino, logística, armazenamento, transporte e escoamento de petróleo e gás natural, localizadas na Bacia Potiguar.
Em entrevista ao G1, o presidente da companhia, Ricardo Savini, ainda estimou a geração de aproximadamente 5 mil empregos ao longo dos próximos anos. No período, a empresa prevê reativação de 616 poços, perfurações de mais de 1,6 mil poços e mais de mil ações de workovers - operações para retomar ou melhorar a produção dos poços maduros no polo potiguar e em outros ativos já adquiridos no estado.
Após a compra, a 3R ficará com cerca de 80% da estrutura montada pela Petrobras no estado ao longo de mais de 40 anos. Outros polos foram adquiridos também por outros produtores independentes. O início da transição ainda depende do resultado da análise da venda pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Nova empresa pretende dobrar produção
A 3R, que já conta com operações em campos de Macau e Areia Branca, anunciou que vai investir aproximadamente R$ 7,3 bilhões no Rio Grande do Norte até 2032, em reativação de poços, novas perfurações e infraestrutura, e garantiu que vai manter o funcionamento da refinaria Clara Camarão - um dos ativos vendidos pela Petrobras.
De acordo com o presidente da 3R, Ricardo Savini, a empresa já ampliou a produção em cerca de 60% no campo de Macau, que começou a operar em 2020. A expectativa é ampliar ainda mais a produção a partir da perfuração de novos poços, o que só deve começar a acontecer no segundo semestre.
Com a aquisição do novo polo, ele disse que pretende dobrar a produção atual e estimou criação de cerca de 5 mil vagas de trabalho.
Representando o governo do estado, o secretário de Planejamento, Aldemir Freire, deu boas-vindas à nova empresa e apresentou três demandas do estado em relação à produção de petróleo.
Por outro lado, a saída da Petrobras e a chegada de novos operadores ainda deixa em alerta entidades como o Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (Sindipetro). De acordo com o presidente do sindicato, Ivis Corsino, cerca de 12 a 13 mil empregos diretos foram perdidos entre 2015 e 2022, no estado.
Leia também: Deputado baiano propõe reestatizar refinarias e distribuidora da Petrobras
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