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PF mira empresa que captava investidores com promessa de investimentos em criptomoedas

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Segundo a Polícia Federal, a operação denominada de Select, é um desfecho da operação Halving, que aconteceu em fevereiro  |   Bnews - Divulgação Arquivo Pessoal
Bruno Guena

por Bruno Guena

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Publicado em 18/04/2023, às 12h24


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A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (18), uma nova operação contra a Braiscompany, empresa paraibana que captava investidores sob a promessa de investimento em criptomoedas com retorno de 8% ao mês. Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão cujos sócios são suspeitos de crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais.

As ações da PF ocorrem em Campina Grande e Assunção, na Paraíba, e na cidade de São Paulo. Segundo a Polícia Federal, a operação denominada de Select, é um desfecho da operação Halving, que aconteceu em fevereiro. O intuito da ação desta terça-feira é aprrender evidências de organização voltada para os crimes apurados, em endereços vinculados aos sócios e gerentes.

O nome da operação é alusivo ao grupo de gerentes que mais captavam recursos para a empresa, entre as vítimas do provável esquema. Em Campina Grande, as buscas foram nos bairros do Jardim Paulistano, no Centro e em um condomínio de luxo.

De acordo com a PF, nos últimos quatro anos, foram movimentados aproximadamente R$ 1,5 bilhão em criptomoedas, em contas ligadas aos suspeitos, sócios da Braiscompany, que estão fogaridos.

Entenda o caso envolvendo a Braiscompany

Antônio Neto Ais e Fabrícia Ais, os sócios da empresa Braiscompany, tiveram os seus pedidos de prisões temporárias convertidas em preventivas. Dessa forma, seus nomes podem ser incluídos na lista de procurados da Interpol, a polícia criminal internacional que age em todo o mundo. A informação foi confirmada pela Polícia Federal (PF) na Paraíba.

As prisões temporárias não são passíveis de inclusão em difusão internacional por isso a necessidade da conversão. A difusão internacional é o instrumento utilizado pela Interpol com a finalidade de auxiliar as autoridades no cumprimento dos mandados de prisão de pessoas que se encontram no estrangeiro, ou daqueles que, estando no território nacional, são procurados no estrangeiro. De acordo com a PF, o pedido foi feito para a Justiça Federal, que deferiu o pedido.

A inclusão dos nomes deles, na lista de procurados da Interpol, assim, aumentaria as chances deles serem presos, mesmo estando no exterior. Ambos os sócios são considerados foragidos e existe a suspeita de que eles tenham fugido do Brasil.

Segundo o portal g1, apesar da confirmação da Polícia Federal, a Justiça Federal não se pronunciou sobre o caso, alegando que o caso segue em segredo de justiça.

Uma operação da Polícia Federal desencadeada em 16 de fevereiro teve como objetivo combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais na sede e em endereços ligados à empresa paraibana Braiscompany.

A empresa captava investidores sob a promessa de investimentos em criptomoedas com retorno de 8% ao mês. Após atrasos, passou a ser suspeita de golpe de milhões com criptomoedas. As ações da PF aconteceram na sede da empresa e em um condomínio fechado, em Campina Grande, e em João Pessoa e em São Paulo.

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