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Psicopedagoga é vítima de racismo dentro de shopping center

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O caso de racismo teria acontecido na última terça-feira (1°)  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 04/08/2023, às 09h21   Cadastrado por Pedro Moraes


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Um shopping center, localizado na cidade de João Pessoa (PB), sediou um caso de preconceito racial sofrido por uma psicopedagoga. Por meio de publicação nas redes sociais, Alice Carvalho mencionou que a situação aconteceu dentro de uma loja de brinquedos, na última terça-feira (1º), na Ri Happy do Manaíra Shopping

Na ocasião, uma funcionária a teria abordado, na saída, e pediu para abrir a bolsa, quando foi questionada sobre a procedência de alguns objetos. Por causa disso, a psicopedagoga registrou um Boletim de Ocorrência. 

O interesse de Alice era comprar um jogo. Antes de ser abordada definitivamente, a vítima contou que teve ajuda oferecida pela própria funcionária, mas disse que estava somente observando.

“Quando eu chego na porta, ela me pede para abrir a bolsa. Eu, na inocência, abri, ela passou um tempo olhando dentro, nisso já chegaram dois seguranças do shopping. Então ela disse: ‘e esse jogo aqui, você comprou agora?’. E eu respondi que não, que havia comprado em outro momento, em outra loja. E ela mandou fechar a bolsa. Só que eu não tive reação de nada, na hora. As pessoas olhavam ao redor, com olhar de julgamento e eu não tive reação”, citou nas redes sociais.

No momento em que questionou a própria loja na internet, ela foi rebatida de que não esteve na loja e, dessa forma, não havia como provar que aconteceu lá. 

“Reportei o acontecido no direct da loja, simplesmente alegaram que eu não estava lá na data. Como assim? Existe o racismo extremo, vou questionar o porquê? E o caso é omitido. Como é que passei, por volta de 30 minutos na loja e nenhuma câmera registrou minha presença? Será que mais uma vez, fora o constrangimento e vergonha que passei, o caso foi esquecido?", acrescentou.

"Eu exijo uma explicação e um esclarecimento, pq acima de tudo, eu sou um ser humano. Minha cor é orgulho, pois acima de tudo, eu não uso isso para me vitimizar e sim como motivador, até por que a inteligência, educação, decência e respeito, não estão ligados a cor da pele e sim ao que cada um faz enquanto cidadão”, reforçou a jovem nas redes sociais.

Por meio de nota enviada ao g1, o Grupo Ri Happy informou, nesta quinta-feira (3), que a Ri Happy Manaíra pediu desculpas à consumidora. A empresa também garantiu que está tomando as medidas cabíveis sobre o caso, além de reforçar o treinamento sobre as políticas de atendimento na loja.

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