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Racismo: Mulher negra é acusada de esconder iogurte em carrinho de bebê

Reprodução / TV Mirante
A filha da mulher negra que presenciou toda a situação, chorou muito e contou a mãe que estava sentindo dores no peito e medo  |   Bnews - Divulgação Reprodução / TV Mirante
Bruno Guena

por Bruno Guena

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Publicado em 20/04/2023, às 12h40


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Uma mulher negra denunciou ter sido vítima de racismo, nesta quarta-feira (19), dentro do supermercado Mateus em Imperatriz (MA). A vítima disse que foi acusada, injustamente, de ter escondido um iogurte em um carrinho de bebê.

Weslane Sousa tinha ido passar o dia na casa da mãe e foi ao supermercado, situado no bairro Vila Redenção, na companhia dela e das duas filhas, de seis meses e seis anos.

Ao sair do estabelecimento, um funcionário, não identificado, solicitou a nota fiscal da compra para a dona de casa e checou a lista.

Segundo Weslane, em determinado momento, ele a acusou de ter escondido os iogurtes em uma parte do carrinho da bebê e pediu para que ela se retirasse do supermercado para "evitar constrangimentos".

A filha da vítima que presenciou toda a situação, chorou muito e contou a mãe que estava sentindo dores no peito e medo.

A mulher registrou um Boletim de Ocorrência online, visto que, durante o crime, o atendente da delegacia não estava presente. A vítima acredita que foi tratada desta maneira em virtude da cor da pele e pela forma simples como estava vestida.

"Minha mãe começou a gritar querendo falar com o gerente, veio duas moças se apresentando como gerente. Primeiro, veio uma, disse que era negra também e não aceitava aquele tipo de comportamento", disse Weslane ao G1.

As imagens do circuito interno de câmeras de segurança do supermercado foi solicitado pela advogada da vítima, Sara Martins.

"A situação como um todo é inadmissível desde o momento inicial, essa é a grande verdade. Ainda ontem nós pedimos as imagens das câmeras de segurança do supermercado, porque ainda que a gente faça esse pedido, no momento, ele geralmente não fornece essas imagens. Mas nós já pedimos porque pelo vídeo a gente, já consegue sentir a dor daquele momento", argumentou a advogada.

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