Vice da Braskem assume publicamente que petroquímica é 'responsável' por danos em Maceió

Pela primeira vez, o vice-presidente da Braskem, Marcelo Arantes, admitiu publicamente que a petroquímica "é responsável" pelo desastre ambiental e social gerado após o afundamento do solo de cinco bairros em Maceió (AL). A declaração ocorreu durante depoimento à CPI da Braskem, que investiga no Senado as responsabilidades do afundamento do solo e dos danos gerados por ele. 

"A Braskem tem, sim, contribuição e é responsável pelo evento ocorrido em Maceió, isso já ficou claro. Não é à toa que todos os esforços da companhia têm sido colocados para reparar, mitigar, compensar todo dano causado da subsidência na região", disse Arantes.

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Arantes foi questionado pelo senador Dr. Hiran (PP-RR), que alegou que a empresa sempre evitou reconhecer a responsabilidade. "Se a culpa não é da Braskem, essa culpa seria de quem?", disse o parlamentar.

Na oportunidaed, Arantes disse que, como parte desse reconhecimento, foi negociado o plano de pagamento de compensação financeira iniciado em 2019 a moradores e proprietários de terrenos e imóveis na região afetada.

O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu o direito do VP da petroquímica a ficar em silêncio após perguntas que lhe possam incriminar.Na ocasião, ele não respondeu várias perguntas técnicas sobre a operação da empresa, gerando irritação no relator Rogério Carvalho (PT-SE) e no presidente Omar Aziz (MDB-AM).

Arantes é vice-presidente Global de Pessoas, Comunicação, Marketing e Relações com a Imprensa da Braskem. Ele foi destacado pela empresa para atuar em Maceió na comunicação da empresa junto a comunidades locais.