Na noite de quarta-feira (15), o cantor Netinho deu uma entrevista para o apresentador Gugu, Nela, o baiano falpou sobre a relação com Claudia Leitte e Ivete Sangalo, sobre as visões que teve e sobre esta fase que quase o levou à morte. "Quem quer vai aprendendo com as coisas, não só deixa passar, mas encara tudo como um aprendizado e eu aprendi muito nesse período que eu fiquei doente", disse Netinho. Ele ficou quase seis meses no hospital, depois de sofrer três AVCs em 2013. Ele contou que perdeu 40 kg com a doença. "Foi um choque porque eu tinha 90kg e cheguei a 50 kg. Era pele e osso", relembra. O cantor relatou que um dia chegou a acordar e estar sem voz, o que o deixou abalado. "Imagine, eu que cantei a vida inteira acordei sem voz. Mexia a boca e não saía nada, só ar", lembrou. "Quando eu acordei e me vi naquele estado, além de ter tido um susto enorme, não entendia porque aquilo estava acontecendo."
Veja alguns momentos da entrevista:
Perda de peso
"Quem quer vai aprendendo com as coisas, não só deixa passar, mas encara tudo como um aprendizado e eu aprendi muito nesse período que eu fiquei doente. Quando eu acordei que eu me vi naquele estado, além de ter tido um susto enorme, eu não entendia por que aquilo estava acontecendo. Foi um choque porque eu tinha 90 kg e cheguei a 50, era pele e osso".
Visita especial
"Essa criatura foi lá com a maior a bondade e caridade, brincou comigo, me divertiu. Quando ela saiu do quarto eu fiquei tão feliz que tive outro AVC. Semanas depois tive o terceiro AVC. Foi Ivete Sangalo. Ela é o que ela é na televisão. Ela é aquilo ali. Algumas vezes ela me ligou depois que voltei do Rio, pedi que ela me desse uma semana pra que eu faxinasse a casa e ela pudesse vir. Sabe o ela disse? 'Sou muito boa com faxina'".
Surpresa
"Claudia Leitte é outra queridíssima minha. Não sabia do lado dela de fé. Ela fez uma oração fortíssima pra mim, no meu
quarto. Começou a rezar tão alto e forte, que chegou a dizer: 'Deus, te prometi que não faria isso, mas é meu amigo que está aqui, é Netinho, Ernesto. Eu tenho que gritar'".
Visões
"Todo dia, às 5 da manhã, eu via uma senhora em pé em minha cama, toda de branco, morena, bonita, com o cabelo liso, dividido na frente, me olhando. No final, ela sempre estendia a mão como se fosse me dar alguma coisa. Quando passava a mão, ela sumia.
Falei com Cris e ela disse que não tinha entrado ninguém no quarto porque a porta estava trancada e a chave no bolso dela. No dia que eu vim embora pra Salvador, quando olhei pra trás, vi a mulher e ela viu também. É tão incrível falar isso para as pessoas. Teve um dia que eu vi toda a cena e eu me vi. Vi tudo como se fosse um filme. Fiquei com a cabeça virada. Ai sair muito religioso do Sírio, falando de Deus", disse chorando.
Fase ateu
"Na depressão, quando cheguei no Sírio, cheguei ateu, não acreditava em nada. Dizia: 'não é possível que esta tontura não passou'. Hoje, depois que passei esse tempo lá, sou espiritualizado. Leio todos os dias, pratico sempre... Então cada um com sua fé, com sua religião. Cada um convive com Deus da forma que quer. Cada um vive de sua forma".
Livro
"O nome do livro - 'Nada Como Viver' -, já pensava nele antes de ficar doente, mas depois que fiquei doente não pensava mais em nada, tanto que não queria mais viver. Aí, quando estava no Sírio pensei em fazer novamente o livro pra contar às pessoas tudo o que vivi e senti. Nele contarei sobre tudo, as datas, essa entrevista, o dia em que virei ateu...".
Retorno
"Vou volta logo logo. Já estou conseguindo fazer ensaio com minha banda. Faço ensaio toda semana, de 2 horas em Salvador. Já consigo dirigir. Eu dirigi e não senti nada na visão. Estou muito feliz agora. Achei várias gravações minhas de músicas inéditas em minha casa. Então estou preparando um disco que se chama 'Feito em Casa' até um dia que eu possa cantar com minha voz e ter minha vida de volta, porque minha vida foi tomada. Já estou malhando em casa. Então estou aqui pra passar a alegria de novo".
Com informações do jornal Correio
