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Falta de luz suspende audiência do caso Thor

Imagem Falta de luz suspende audiência do caso Thor
Fórum de Duque de Caxias no Rio de Janeiro teve interrupção na energia e não há data definida para a próxima sessão  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 13/12/2012, às 17h40   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Foi suspensa nesta quinta-feira (13) a audiência de instrução e julgamento na qual é réu o empresário Thor Batista, 20, acusado por homicídio culposo depois de atropelar um ciclista na rodovia Washington Luiz (BR-040), em março deste ano. A decisão se deve a uma interrupção no fornecimento de energia elétrica no Fórum de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Segundo a assessoria do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio), não há data definida para uma possível continuidade da sessão, pois a mesma já está em fase de alegações finais. A audiência de hoje chegou a ser interrompida em duas oportunidades, sendo uma em função da queda de luz e a outra por conta da estratégia dos advogados de Thor.

O TJ-RJ informou ainda que a defesa do filho do bilionário Eike Batista teria reclamado sobre uma prova apresentada por um perito, e que não teria sido anexada aos autos.


O atropelamento

Wanderson Pereira dos Santos, 30, atravessava um trecho da rodovia Washington Luís empurrando uma bicicleta quando foi atingido pelo veículo conduzido pelo réu, que dirigia a 135 km/h --o limite de velocidade da via é de 110 km/h. Santos morreu na hora.

O Ministério Público denunciou Thor à Justiça no dia 16 de maio deste ano. Caso condenado, o empresário poderá cumprir de dois a quatro anos de prisão em regime semiaberto ou aberto. A denúncia foi assinada pelo promotor Marcus de Sá Siqueira, da 6ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Duque de Caxias.

Os advogados de Thor contestam a perícia e argumentam que, segundo laudo particular, o carro estava trafegando com velocidade entre 87,1 km/h e 104,4 km/h.

Ainda de acordo com a denúncia do MP, Thor ultrapassou um ônibus da empresa Única Fácil, da linha Petrópolis-Nova Iguaçu, pela faixa da direita e, em seguida, momentos antes de atingir a vítima, repetiu a manobra irregular ao ultrapassar outro carro, identificado como um Ford Fiesta.

O MP pediu também em maio a suspensão da habilitação de motorista de Thor, medida que foi atendida. Mas já em julho Thor recuperou a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) depois de ter impetrado um mandado de segurança aceito pela Justiça. Ele teve ainda que participar de um curso de reciclagem para motoristas infratores.

Segundo o TJ-RJ, o desembargador Antônio Carlos dos Santos Bittencourt argumentou que "a regra de que a suspensão ou proibição de dirigir seja admitida como penalidade deve decorrer da sentença condenatória", isto é, a CNH  não poderia ter sido cassada antes que o réu fosse o julgado, na visão do magistrado.

Na denúncia criminal, o MP ressalta que Thor possuía 11 onze infrações de trânsito, sendo que nove por excesso de velocidade.

Segundo o texto da denúncia a análise das infrações tornava possível "concluir que o denunciado (Thor Batista) faz do excesso de velocidade uma constante quando na direção de veículo automotor, mostrando-se pessoa, pelo menos até o presente momento, que não tem necessária responsabilidade para a prática de tal atividade, em virtude do contumaz desrespeito às normas de segurança do trânsito".

Foto: Divulgação

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