Policiais são vaiados ao resgatar animal usado na farra do boi em SC; veja vídeos

Policiais militares foram hostilizadas por populares com vaias e xingamentos durante o resgate de um boi que estava sendo utilizado durante um crime conhecido como farra do boi, no bairro Araçá, em Porto Belo, em Santa Catarina, na noite desta quinta-feira (1º).

Segundo o Grupo de Operações e Resgate (GOR), que atuou na ação juntamente com a Polícia Militar Ambiental, por volta das 19h30 as equipes foram informadas de que estaria acontecendo uma farra do boi no bairro Araçá em Porto Belo, bairro onde está localizada a badalada Baía do Caixa D’Aço (veja vídeos no fim da matéria). 

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As equipes se deslocaram até o local indicado onde encontraram um boi solto na via bastante agressivo. O animal foi capturado e encaminhado para a CIDASC conforme a legislação.

Em conversa com populares, que ficaram presos por cerca de duas horas no local devido à interdição da via para o trabalho das equipes, foi relatado aos militares que diversas motos e homens gritavam atrás do animal. Na chegada da equipe do GOR não foi encontrado nenhuma pessoa.

Durante o recolhimento do animal, um veículo do GOR e uma viatura da Polícia Militar Ambiental foi danificado pelo boi. Ninguém foi preso.

A prática de farra do boi é crime, de acordo com o artigo 32 da Lei n. 9.605/1998, conforme acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF). A pena para quem comete é de três meses a um ano de detenção, com aumento de um terço da pena em caso de morte do animal.

Farra do Boi
Segundo a prefeitura de Florianópolis, a Farra do Boi é um evento típico do litoral do estado brasileiro de Santa Catarina, que consiste em soltar um bovino em um terreno ou rua e assim "farrear" fazendo o animal correr atrás das pessoas que participam, sendo assim por percorrer distancias e fugir, o animal fica exausto. 

Após a brincadeira o animal é devolvido aos pastos e abatido ou usado novamente para a Farra. As vezes são sacrificados dias após a ''brincadeira'', sendo assim a carne é dividida entre os participantes que ajudaram a custear a compra do animal. A prática é considerada ilegal no Brasil desde 1998, mas ainda acontece.

Os adeptos da prática a justificam como cultura, enquanto grupos defensores dos direitos dos animais a consideram cruel e degradante, ou seja, tortura.

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