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Moradora da Barra leva papagaio de estimação para passear todos os dias

Arquivo pessoal
Animal fica em cima da tutora durante os passeios ou em um pedaço de madeira com uma coleira no peitoral e conhece todo o local, um dos mais turísticos da capital baiana  |   Bnews - Divulgação Arquivo pessoal

Publicado em 08/06/2021, às 10h40   Laiz Menezes


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 Quem nunca viu um tutor passeando com seu cachorrinho em uma praça? Mas, inusitado mesmo é se deparar com um papagaio e de coleira andando pela cidade. Essa é a rotina da moradora do bairro da Barra, em Salvador, Sandra Franco, de 54 anos.

Ao BNews, ela relata que leva Juju, da espécie aestiva papagaio-verdadeiro, de dois anos e sete meses, para passear todos os dias. O animal fica em cima da tutora ou em um pedaço de madeira com uma coleira no peitoral e, dessa forma, ela curte o local, um dos mais turísticos da capital baiana.  “Juju é muito dócil, fala bastante e gosta muito da rua”, afirmou a tutora do papagaio. 

Sandra, que é cuidadora de idosos e trabalha em uma clínica de aparelhos auditivos, explica que leva Juju para passear porque alguns criadores de papagaios soltos afirmam que é bom que eles conheçam a região onde vivem, pois, em caso de um voo acidental, eles podem reconhecer o local e voltar para casa, além de ser bom para o animal tomar sol. Mas a tutora admite: “adoro me exibir com ela”, brincou. 

De acordo com a tutora, o papagaio chama muito a atenção das pessoas na rua. “Tem dias que ela canta muito e as pessoas se aproximam da gente. Mas, infelizmente, a Juju chama atenção de pessoas más também, já ameaçaram roubá-la de mim. Desde então, saio bem menos com ela, saio mais de carro”. 

O amor pelas aves faz parte da vida de Sandra. Em 2015, ela foi morar em uma casa muito espaçosa em Florianópolis, e pensou em adotar um pet. “Entrei na fila para adquirir uma ave legalizada, mas nunca me chamaram. Num certo dia, uma pessoa me ofereceu um papagaio que era criado em uma gaiola pequena e que já tinha 10 anos. Adotei e criava ele solto. Ganhei um maracanã-verdadeiro também e ambos viviam em liberdade”, lembrou saudosista. 

Quando a tutora de Juju se divorciou, no entanto, ela precisou sair de Florianópolis e voltar para Salvador, mas não podia levar as aves porque elas não eram legalizadas. “Voltei para Salvador em 2018 e estava em tratamento para depressão quando me indicaram um criador [de papagaios] em Lauro de Freitas. Entrei em contato e eles tinham uma fêmea de 7 meses, a Juju. Foi amor à primeira vista. Fui buscá-la em menos de uma semana”, contou Sandra à entrevista. 

Sobre as habilidades da ave para conversar e imitar a sua tutora, Sandra explicou que já passou por algumas situações inusitadas com Juju durante os passeios. “Desde que ela chegou aqui em casa, eu sempre estimulei bastante a fala. Todas as tardes, ao alimentá-la, eu brincava colocando o dedo do bico dela, ela se empolgava e apertava bastante, daí eu falava para ela ‘aí, Juju, doeu’, mas ela nunca repetiu. Um dia, em um dos passeios, um senhor se aproximou e foi logo colocando o dedo no bico dela. Ela apertou forte o dedo dele e ele gritou 'ai', de dor. Em seguida ela falou ‘doeu?’. Foi uma farra, rimos muito da situação”, recordou a mulher. 

A moradora da Barra ainda tem mais dois animais: uma cachorra da raça Shih Tzu e uma vira-lata, com 12 e 4 anos, respectivamente. “São a alegria da casa. Vivem todas em harmonia. Mas, no fim das contas, Juju é a dona da casa e territorialista. Ela me domina, eu faço tudo que ela quer. A gente vira refém deles”, revelou. 

Classificação Indicativa: Livre

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