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Segmento financeiro começa a conquistar espaço na indústria pet; setor deve ter faturamento de R$ 46,5 bilhões

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Para 2021, as perspectivas também são otimistas. O IPB aponta que o setor deve crescer 13,8% em relação ao ano anterior, alcançando um faturamento de R$ 46,5 bilhões.  |   Bnews - Divulgação Getty Images

Publicado em 29/09/2021, às 14h00   Redação BNews


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A cada dia a indústria pet conquista mais espaço no mercado brasileiro. As inúmeras possibilidades da área abriram espaço também para o segmento financeiro. Em entrevista à Forbes, Nelo Marratini, presidente do Conselho Consultivo do IPB (Instituto Pet Brasil), afirma que há movimentos de fintechs para atuar nesse nicho. “O mercado brasileiro ainda tem muito espaço para crescer nesta área, e eu não vejo nenhuma restrição. Na realidade, acredito que seja uma questão de tempo.”

Marratini vê importantes iniciativas das gestoras de investimentos em busca de players do setor de pets. Ele avalia, porém, que ainda vai demorar até chegar o momento de o mercado financeiro voltar a atenção para esse segmento e começar a propor iniciativas ou projetos.

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André Avellino e Alexsandro Varella, fundadores do PetBank Brasil, enxergaram essa janela no mercado. Os empresários oferecem soluções financeiras para organizar o orçamento, cobrir imprevistos e proporcionar segurança a esses tutores durante a vida dos animais de estimação.”É possível personalizar o cartão PetBank Brasil com o nome dos bichinhos de estimação”, afirma Avelino. Além disso, há outros serviços, como clube de benefícios, destacam.

O modelo inicial prevê que, para se tornar cliente, a pessoa física dona do pet abra uma conta com o seu CPF. Depois disso, o tutor pode personalizar o cartão, de crédito ou débito, com o nome do animal de estimação. Oficialmente, as contas pertencem ao detentor do CPF.

Os executivos ressaltam que as instituições financeiras vão passar a olhar para esse movimento financeiro, voltado para esse público específico, muito em breve. 

Com foco nos dois lados do mercado, o consumidor e o empreendedor, Eliezer Martins fundou o banco digital Paws Bank em março deste ano. A ideia partiu da percepção das dificuldades enfrentadas por alguns empreendedores do setor, como a burocracia para solicitar empréstimos em bancos tradicionais. Segundo ele, o banco busca ser o facilitador financeiro para esse público.

Qualquer pessoa física ou jurídica pode realizar a abertura da conta no Paws, mas o foco são tutores de pets, pet shops e demais empresas do setor. Martins destaca que, por meio de parcerias, os donos de animais e estimação podem adquirir serviços e produtos em lojas com descontos de até 40%. E, para os lojistas, segundo ele, a oferta é de taxas de juros para a concessão de crédito abaixo do mercado tradicional.

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Em 2019, a Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação) calculou a existência de cerca de 144 milhões de pets no país. Segundo a entidade, em 2020 esse mercado faturou R$ 27,02 bilhões, ocupando assim o sétimo lugar no ranking mundial da indústria. Deste total, 75% corresponderam ao segmento de alimentação, o chamado pet food. Ao comparar com 2019, o faturamento desta área aumentou 24% no Brasil.

Para 2021, as perspectivas também são otimistas. O IPB aponta que o setor deve crescer 13,8% em relação ao ano anterior, alcançando um faturamento de R$ 46,5 bilhões. O segmento de alimentação dos pets poderá abocanhar 53% do total, enquanto os produtos de higiene e cuidado animal, ou pet care, responderá pela menor fatia do mercado, de 5,9%.

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