Polícia

Frio, assassino de marinheiro é apresentado pelo DHPP e justifica: “ele reagiu”

Publicado em 19/01/2016, às 12h26   Vinícius Ribeiro (Twitter: @vin_ribeiro)


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Após a versão de latrocínio ser descartada e a investigação da morte do marinheiro Marcos Paulo Lira Nunes, 22 anos, apontar para um crime passional, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apresentou o autor do crime e revelou a causa do crime. Segundo as delegadas Mariana Oais e Maria Selma Lima, e o diretor do DHPP, José Alves Bezerra Júnior, responsáveis pela apresentação de Crispiniano Santos da Silva, 23, o acusado é reincidente em assaltos na região da Praça Nilton Rique, em frente ao Shopping da Bahia, onde ocorreu o crime no domingo (17).

Ao ser apresentado, Crispiniano relatou que cometeu o crime porque Marcos Paulo teria reagido à tentativa de assalto. "Vi um volume no bolso dele e parti pra cima. Aí ele reagiu e dei uma facada no braço. Como ele continuou eu dei na cabeça. Agora é pagar pelo que fiz", disse friamente. "Não se reage a assalto", completou. Questionado sobre a versão que deu inicialmente sobre um suposto envolvimento da vítima com sua companheira, o assassino disse que a tática não passou de "171, baratino". Conforme relatou à polícia, desde os 7 anos de idade ele pratica delitos e possui diversas passagens. 

Em tom debochado, o assassino ainda afirmou que em quatro, cinco anos estaria solto com a ajuda de um advogado.

De acordo com a delegada Mariana Oais, o criminoso tentou com a declaração amenizar sua pena. "Ele quis que a morte fosse enquadrada em homicídio, para conseguir uma pena mais branda do que se fosse configurado o latrocínio", explicou a titular. "Mesmo após ele assumir, tentou desde o início justificar afirmando que a vítima reagiu", continuou.

Durante a apresentação, a delegada Maria Selma ainda informou que o preso agiu com ajuda de dois comparsas: Alex José Conceição, vulgo 'Doze dedos', e um homem de vulgo 'Chuck', ambos foragidos. Segundo informou a polícia, Alex (foto ao lado) foi expulso da Saramadaia pelos moradores porque estava cometendo roubos na região. Ele deixou a prisão há cerca de 2 meses.

Conforme informações da polícia, Marcos Paulo Lira estava em Salvador há 40 dias, onde trabalhava em um navio. Segundo foi relatado por Crispiniano, o jovem foi escolhido pelos de forma aleatória. Vários golpes foram dados contra a vítima que, cambaleando, morreu em frente ao Shopping da Bahia.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa segue em busca para capturar os dois foragidos.   

Nota atualizada às 10h35 do dia 20 de janeiro.

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