Polícia

Radialista diz ser ameaçado de morte após denúncias ao prefeito

Publicado em 01/06/2011, às 13h49   Redação Bocão News



Jurado de morte na cidade de Jaguarari, a 409 km de Salvador, o radialista Everton Rocha, 35 , veio à cidade, nesta terça-feira (31), buscar proteção do Estado e denunciar a participação do prefeito, vereadores do município baiano e policiais nas ameaças.

Everton comanda um programa na Rádio Liderança FM, onde frequentemente, recebe queixas da população à gestão municipal. Segundo ele, as ameaças seriam feitas pelo prefeito Antônio Ferreira do Nascimento (PT) e aliados na administração de Jaguarari.

De acordo com o radialista, as ameaças começaram há cerca de dois anos e se intensificaram no dia 29 de abril, quando homens não identificados cerraram cadeados, invadiram a rádio e atearam fogo no sistema de alarme, paredes e portas, além de tentaram derrubar a torre de transmissão.

Menos de um mês depois, após um novo atentado, ele foi à delegacia da cidade e também ao Ministério Público Estadual (MPE), para registrar queixa contra a "organização criminosa", mas as ainda segundo Everton Rocha, nada consta. Em contato com o MP-BA, o Bocão News foi informado que a promotora Ítala Carvalho, que atendeu o radialista, é substituta no município. A representante do MP-BA não está todos os dias na cidade. Ele pediu urgência e foi atendido. De acordo com a assessoria da MP-BA, "a promotora ouviu o radialista, abriu procedimento Investigatório para apurara o caso, e depois vai ver se a denúncia procede para em seguida tomar uma atitude".

 O radialista conta que o presidente da Câmara de Vereadores de Jaguarari, Lourival Almeida Sandes, mais conhecido como “Louri de Barrinha”, entrou no estúdio da rádio durante uma transmissão ao vivo e o agrediu fisicamente. Segundo ele, a briga está gravada e seria base das acusações de Rocha.

A denúncia ainda envolve uma ameaça de morte praticada pelo chefe da Guarda Municipal da cidade, conhecido como “Admilson da Guarda”, que seria primo do presidente da Câmara.

Em Salvador, Everton está em uma verdadeira romaria em busca de proteção policial. Por telefone tentou falar com o secretário de Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, mas a assessoria limitou-se a informá-lo que o secretário ainda não poderia recebê-lo. O mesmo aconteceu quando procurou o delegado geral da polícia Civil, Hélio Jorge da Paixão. 

De acordo com o prefeito Antonio Nascimento, o radialista o acusa devido a sua incompatibilidade com o seu programa na rádio. “Eu nunca fui à rádio deste cidadão nem pretendo. O trabalho dele em Jaguarari é incitar a população contra a prefeitura com denúncias incabíveis e sem fundamentação. O local que ele alega ter sido violado é uma área pública. Ele instalou a antena de rádio sem autorização.

Questionado sobre quais medidas serão tomadas após denúncia de ameaças de morte, o prefeito afirma que tomou algumas providências. “Já há uma denúncia de racismo contra Everton Rocha. Faz algum tempo ele começou a me chamar de “Toco de Baraúna. Com esta nova acusação, convocarei a governadoria do Estado e a assessoria jurídica e em resposta o acusarei de injúria. Vou requerer reparos dos danos que a confusão causada pelo radialista ou locutor criou, para ele entender que não sou refém de ninguém".

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