Polícia

MP-BA vai investigar suposta agressão homofóbica no Forró do Sfrega

Publicado em 28/06/2016, às 14h34 - Atualizado às 14h34   Redação


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O Ministério Público da Bahia (MP-BA) vai investigar a agressão sofrida pelo jovem Fabyo Zanetthy, dentro de um camarote no Forró do Sfrega, em Senhor do Bonfim, no último sábado (25). O jovem, revelou por meio das redes sociais que foi vítima de um ato homofóbico que lhe deixou com três costelas fraturadas, além de diversas lesões pelo corpo. 
Ao Bocão News, a assessoria do MP informou que a responsável pelo caso no momento é a promotora Lívia Sant'Anna Vaz, coordenadora Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher (Gedem). Além disso, acrescentou ainda que o jovem foi ouvido e encaminhado para fazer exame de corpo delito. O MP aguarda o resultado dos exames para encaminhar o caso a um promotor da cidade de Senhor do Bonfim, que dependendo do resultado do exame, o promotor pode pedir para que a delegacia da cidade investigue, ou a responsabilidade da investigação pode ficar com o próprio órgão.
O presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, pede por meio das redes sociais, que a produção do Sfrega esclareça a situação, e ainda afirma que a segurança da festa foi negligente. “Quem viu, presenciou, tirou alguma foto, filmou envie para o GGB esse material. É preciso que esses vagabundos paguem por isso. Covardia, quatro marginais contra uma pessoa só. Os seguranças viram e ficaram coniventes, também ao invés de trabalhar estavam curtindo, bebendo... Menos fazendo segurança. Sfrega, por favor se pronuncie”, disparou nas redes sociais.
Nas redes sociais, o jovem conta que quatro homens o seguiram até o banheiro e gratuitamente iniciou a agressão com socos e chutes. "Não sou monstro, sou homossexual, ser humano antes de tudo! Não merecia ser espancado por ser homossexual", escreveu na legenda da imagem em que aparece com o rosto nitidamente machucado. 
Ele ainda revela que durante o espancamento, os agressores falavam frases preconceituosas, como "gay tinha que morrer, que se f...., que apanhar" e que se ele contasse para alguém sobre a agressão, que ia matá-lo do lado de fora da festa. 
Sobre o fato, a assessoria do Sfrega alega não ter tomado conhecimento de nenhum fato desta natureza durante a realização da festa no dia 25 de junho e em nenhum dia do evento. Ainda ressaltou que a segurança particular contratada para o evento, bem como o efetivo da Polícia Militar presente na festa, não foram acionados para conter situações desta natureza ou abordada pela suposta vítima para registro de ocorrência.
A produção ainda diz que não foi dada nenhuma entrada para atendimento nos postos médicos instalados no local do evento. E, que além disso, após analisar câmeras de segurança, viu que elas não apresentam situações atípicas no local onde a suposta agressão teria acontecido.
A produção do evento garante que procurou as unidades da Polícia Civil e Polícia Militar e afirma que também não existe registro de Boletim de Ocorrência, nem de atendimento realizado nas unidades de saúde públicas e privadas da cidade de Senhor do Bonfim e Região.
Publicada originalmente às 10h

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