Esquema de fraude levou prejuízo de R$ 1,4 bilhão aos cofres públicos. A revelação foi feita pela Operação Pomar, uma ação conjunta entre a Polícia Federal e a Receita Federal que desmontou nesta terça-feira (28) quadrilhas que compravam mercadorias do exterior, mas não recolhiam os impostos e ainda remetiam lucros para outros países.
A investigação durou 4 anos e contou com a participação de 301 policiais e 136 auditores. As suspeitas foram levantadas a partir da incompatibilidade entre o uso de dezenas de empresas com capacidade econômico-financeira diferente das transações que realizavam.
De acordo com a PF, duas organizações criminosas têm origem em uma mesma quadrilha e usavam “laranjas”, com documentos falsos para comercializar ilegalmente mercadorias com outros países. Além disso, essas empresas de fachada enviavam para outros países os valores conquistados com os negócios e escondiam a identidade dos verdadeiros responsáveis.
A mercadoria, que entrava no país por diversos portos, era trazida para a cidade de São Paulo e armazenada em depósitos, a partir dos quais era distribuída.
Ao todo, os agentes cumprem 17 mandados de prisão - 13 de prisão preventiva e quatro de prisão temporária - e 67 mandados de busca e apreensão. Os policiais buscam os suspeitos em oito Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Alagoas, Espírito Santo, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Goiás, além do Distrito Federal.
Segundo ainda a PF, os suspeitos vão responder por crimes como descaminho, sonegação fiscal, formação de quadrilha, falsidade ideológica, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Informações Polícia Federal