Polícia

Após polêmicas, agentes da Guarda Municipal passarão por reciclagem

Publicado em 07/12/2016, às 09h26   Victor Pinto



Não foram poucos os últimos episódios, em curto espaço de tempo, envolvendo polêmicas sobre a atuação da Guarda Municipal, órgão vinculado à secretaria de Ordem Pública da Prefeitura de Salvador. O mais recente, sobre o caso ocorrido no último fim de semana na casa de shows Coliseu, em Patamares, que resultou na morte de uma pessoa e teve um guarda municipal de folga envolvido na confusão, acendeu o sinal de alerta sobre a atuação dos prepostos do órgão.

Para amenizar toda a celeuma, a prefeitura de Salvador anunciou um programa para o primeiro semestre de 2017 no qual todos os 1.258 guardas civis municipais passarão. De acordo com nota institucional, o curso vai envolver temas como relacionamento com o cidadão, controle emocional e atuação em ambiente público.

O próprio o diretor de Segurança Urbana e Prevenção à Violência da Secretaria Municipal de Ordem Pública, Maurício Lima, destacou como emergencial a necessidade de qualificar a nova equipe de guardas. “Há 120 dias, com a criação da Guarda Civil Municipal e a chegada da nova equipe, notou-se que uma das necessidades emergenciais diz respeito à qualificação dos agentes. É uma iniciativa longa e extensa que envolverá todos os guardas. A intenção é melhorar ainda mais a atuação, com uma nova diretriz voltada para uma instituição mais cidadã e mais presente nos espaços públicos”, pontuou Lima na nota. 

Dos 10.500 atendimentos registrados em 2016, cerca de 120 são de processos administrativos, que segundo a prefeitura, a maioria envolve questões internas e quatro a excessos coletivos por guardas.

TEMPO - A iniciativa, em fase final de elaboração, está sendo desenvolvida há 60 dias pela Gerência de Desenvolvimento Humano, através do Centro de Formação da autarquia. Durante oito meses, a capacitação pretende aperfeiçoar tanto a rotina de atuação dos agentes responsáveis pela prevenção à violência e proteção ao patrimônio público como reduzir ocorrências envolvendo guardas municipais em serviço.

CASO COLISEU – O chefe da Guarda também comentou sobre o Caso Coliseu. Lima afirmou que a depender das informações oficiais, o guarda pode ser afastado. “Lembramos que o agente estava de folga e a arma utilizada não era da Guarda Municipal. Estamos aguardando oficialmente as informações sobre a investigação policial para, então, tomarmos as providências necessárias. A depender das informações, o guarda poderá ser afastado do cargo”, afirmou Lima.

Publicada originalmente dia 6

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