Polícia

Assessor de Caetano Veloso denuncia preconceito em festa no Rio de Janeiro

Publicado em 07/03/2017, às 09h55   Redação Bocão News


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O assessor de Caetano Veloso e coordenador de comunicação na empresa Uns produções e filmes afirma ter sido vítima de racismo, juntamente com sua família, no último domingo (5). Segundo Danilo Rodrigues Dutra, o caso ocorreu na festa ‘Bendito Domingo’, realizada no Grajaú, na Zona Norte do Rio de Janeiro. 
Em relato ao colunista Léo Dias, do jornal O Dia, o assessor do baiano afirmou que o sócio do evento, Fernando Reinaldo, impediu a sua entrada no local alegando que ele estava usando chinelos. “Estava de bermuda, camisa e chinelo. Enquanto ele me reprimia, saía do clube um grupo de pessoas brancas, de bermuda, camisa e chinelo. Tinha até criança, menor de idade, também com chinelo e que teoricamente não poderia estar ali, em um evento com bebidas”, relatou.
Ainda de acordo com a publicação, Dutra afirma que o preconceito ficou mais evidente após outro episódio ter sido registrado por um fotógrafo na página oficial da festa, em que o profissional conta ter sido contratado para fotografar gente bonita para vender um evento bacana. 
“Vi o relato de um fotógrafo, que dizia assim: ‘Eu fui contratado para fazer fotos espontâneas de gente bonita e feliz e de estrutura. A ideia era vender um evento bacana. Mas o evento não oferecia essas condições e ao pontuar isso para o produtor Vinícius (Rodrigues), o mesmo se exaltou e me fez ameaças, me agredindo verbalmente e fisicamente’. Quer dizer então que a produção queria fazer um evento para pessoas bonitas e bem vestidas, mas como não conseguiram mostrar isso através das fotos, resolveram barrar quem julgavam inadequados para aquele ambiente? Em que mundo estamos? Fui como convidado do evento por uma das sócias, que chamou o Fernando para entender a situação. O mesmo fez questão de repetir que ali não era lugar pra eu estar do jeito que estava, cheguei a perguntar se ele teria coragem de responder isso amanhã, quando o processaria, e na maior cara de pau ele disse que sim. Não basta ser preconceituoso e intolerante, tem que ser abusado e mau caráter. Esse tipo de coisa é inadmissível, não pode acontecer com ninguém”. O sócio do evento foi procurado pela reportagem, mas não falou sobre o assunto. 

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