Polícia

Policial e bombeiro presos no Stiep têm prisões convertidas em preventivas

Publicado em 19/04/2017, às 15h15   Redação Bocão News


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As prisões em flagrante de Lucas Góes Souza, lotado no 3º Grupamento de Bombeiro Militar (3ºGBM), e Márcio Mota Rodrigues, lotado no Batalhão Especializado em Policiamento Turístico (Bepe-Tur), foram convertidas para preventivas nesta terça-feira (18). A decisão foi do juiz Paulo Roberto Santos de Oliveira, da Vara de Auditoria Militar de Salvador.
Eles foram presos após uma troca de tiros com policiais e sob a suspeita de participarem de um assalto no bairro do Stiep, em Salvador, na noite deste sábado (15). Posteriormente, a Polícia Militar informou que os dois não tinham envolvimento no crime.
Segundo o magistrado, a decisão foi fundamenta na “garantia da ordem pública, a conveniência da instrução criminal, a periculosidade do indiciado ou acusado, a segurança da aplicação a lei penal militar e a exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina militares”.
O juiz afirma ainda que “sem sombra de dúvidas a ordem pública encontra-se seriamente comprometida no caso em debate, onde policiais militares, guardiões da lei e da ordem, responsáveis constitucionalmente pela realização do policiamento ostensivo, praticam a conduta descrita acima, despindo-se da condição de guardiões e passando a patrocinar condutas criminosas, que caso comprovadas, mostram-se gravíssimas e totalmente incompatíveis com a condição de qualquer servidor público”.
O caso
Um policial militar que foi averigar a situação foi baleado de raspão no queixo e no braço. Um terceiro projétil ficou alojado no colete balístico. O policial passa bem. O PM, o bombeiro foram presos em flagrantes por tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo e resistência à prisão.
Ainda de acordo com a PM, os militares presos não disseram o motivo de reagirem à chegada dos policiais a tiros. Ainda conforme a corporação, o policial, o bombeiro e a mulher presos estavam em um apartamento que fica em um prédio indicado pelo taxista como o local para onde o suspeito do assalto contra ele fugiu. No imóvel, foram encontradas duas armas e uma pequena quantidade de maconha.
A Polícia Militar informou também que a corporação e o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia vão instaurar procedimentos administrativos para apurar a conduta dos militares, que podem resultar até na demissão do PM e do bombeiro. A Polícia Civil também vai investigar o caso.
Os dois foram ouvidos na Central de Flagrantes e encaminhados para o Centro de Custódia Provisória da PM em Lauro de Freitas, onde seguem à disposição da Justiça. Uma mulher que também estava com eles foi presa. Não há detalhes da situação dela.
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