Polícia

Empresário conhecido do Axé Music é principal alvo da PF

Publicado em 07/07/2017, às 07h33   Redação BNews


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Um empresário que se tornou conhecido no universo da axé music como dono do Camarote Axezeiro e sócio de bandas baianas, Manoel de Andrade Barreto foi o principal alvo da nova fase da Operação Adsumus, deflagrada conjuntamente ontem pelo Ministério Público do Estado e a Polícia Federal. 
Conforme informações fornecidas à coluna Satélite, do jornal Correio, fontes ligadas à investigação afirma que Barreto era o operador de propinas desviadas de contratos para eventos e shows de artistas firmados, sem licitação, com a prefeitura de Santo Amaro na gestão do petista Ricardo Machado (2009-2016). O empresário, cuja identidade estava sob sigilo, foi conduzido coercitivamente e ouvido por promotores de Justiça da cidade, sede da operação.        
Ainda segundo a coluna, o esquema, apontaram investigadores da Adsumus, utilizava uma teia de corrupção formada por empresas de entretenimento em nome de laranjas. Em duas delas - Rede Axezeiro e Central de Bandas  -, figuram como proprietárias a mãe e uma irmã do operador. Amigo pessoal do ex-prefeito de Santo Amaro, outro alvo da nova ação, Manoel de Andrade Barreto possui ainda uma rede de farmácias em Salvador e o Haras MAB, em Alagoinhas, premiado pela criação de cavalos da raça quarto  de milha. O empresário é suspeito também de repassar propinas originadas de verbas federais nas áreas de Saúde e Educação.
Operação
A  Polícia  Federal  e  o  Ministério  Público  do  Estado  da  Bahia deflagram  na quinta (7),  mais  uma  fase  da Operação Adsumus,  com  o  objetivo  de  desarticular  esquema  criminoso  de  desvio  de verbas  públicas,  fraudes à  licitação,  corrupção e  lavagem de dinheiro. Cerca  de  40  Policiais  Federais  cumprem  oito  mandados  de  busca  e  apreensão  e sete  mandados  de  condução  coercitiva nos  municípios  de  Salvador,  Lauro  de Freitas  e Santo Amaro,  todos na  Bahia.
Conforme  apurado  durante  as  investigações,  o  esquema  ilícito  funcionava através  de  três  núcleos  empresariais  que  recebiam  da  Prefeitura  de  Santo Amaro  valores  para  realizar  obras  públicas,  fornecer  material  de  construção  e alugar  maquinário.  Além  do direcionamento  e  outras  fraudes  e  irregularidades nos  processos  licitatórios,  verificou-se  que  parte  das  obras  contratadas  era realizada  por  servidores  da  própria  prefeitura,  que  assim  absorvia  parte  dos custos  e  possibilitava  o  desvio  do  dinheiro.

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