Polícia

Ex-Richthofen, Cravinhos é pego vendendo anabolizante em presídio

Publicado em 03/09/2017, às 18h37   Redação BNews



Preso na Penitenciária de Tremembé 2, na Região do Vale da Paraíba, em São Paulo, Daniel Cravinhos, de 36 anos, foi flagrado por agentes penitenciários vendendo anabolizante a outros presos no pátio do regime semiaberto no domingo pela manhã. Cada seringa, segundo o relato de outros presos, é vendida a 100 reais dentro de Tremembé 2.
Cravinhos, que cumpre pena de 39 anos de prisão por ter participado do assassinato dos pais de Suzane Von Richthofen, em 2002, é um dos que mais malha na penitenciária e os seus músculos crescem a olhos vistos. “Durante o dia, quando não está trabalhando nas oficinas da Funap, ele está fazendo flexões ou paralelas em umas barras instaladas lá dentro”, diz um detento à Veja.
Na semana passada, outro preso, conhecido como Nezão, foi flagrado em Tremembé 2 traficando seringas de anabolizantes de uso restrito no pátio do semiaberto. Para se livrar de um castigo mais severo, ele acabou entregando o nome de um funcionário da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) que vinha facilitando a entrada das seringas no presídio e revelou ainda os demais presos que compravam e vendiam essas drogas típicas de marombeiros. Após a denúncia de Nezão, o ex-namorado de Suzane foi monitorado e flagrado repassando uma seringa para um outro preso. Já o funcionário foi transferido.
Daniel está preso junto com o seu irmão, Christian Cravinhos, que responde pelo mesmo crime. Ambos receberam no sábado visita da mãe, que chegou a reclamar do exagero dos músculos do filho. Com o flagrante de hoje, Daniel deverá perder o benefício do regime semiaberto, que conquistou em 2013, e ficará ainda sem o seu emprego na oficina da Funap, onde recebe 700 reais por mês para fazer a manutenção das cadeiras escolares. 
Uma outra denúncia que deverá ser investigada pela SAP diz respeito a uma moto de corrida que entrou em Tremembé para que Daniel fizesse a manutenção. Presos sustentam que ela pertence ao filho de um gerente da Funap que participa de competições. Segundo testemunhas, Daniel deixou a moto feito nova. “Ele é um preso muito querido. Nunca se meteu em confusão”, relata um detento.
Se perder o benefício do regime semiaberto, Daniel não poderá mais sair em datas especiais para visitar a mulher, Alyne Bento, biomédica de 30 anos, com quem se casou há três anos. Alyne é filha de uma agente penitenciária e foi apresentada a Daniel por um irmão que estava preso suspeito de roubo. A cerimônia de casamento dos dois contou com a presença de mais de 100 pessoas e ocorreu dentro de uma igreja evangélica.

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