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Operação Beton: mais de 20 pessoas foram utilizadas como "laranjas" no esquema criminoso 

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Três empresários e um contador foram presos por sonegação fiscal   |   Bnews - Divulgação Gilberto Junior / BNews

Publicado em 19/10/2017, às 12h29   Tiago di Araújo


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Três empresários e um contador foram presos na manhã desta quinta-feira (19), alvos da Operação Beton, realizada pela Polícia Civil, Ministério Público da Bahia (MP-BA) e secretaria estadual da Fazenda (Sefaz). Os quatro mandados de prisão foram cumpridos juntamente com 14 mandados de buscas e apreensao em Salvador, Lauro de Freitas e Simões Filho.

De acordo com o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica, as Relações de Consumo e a Economia Popular (Gaesf), Luís Alberto Pereira, a investigação durou cerca de dois anos, através de interceptações, quebra de sigilo bancário, entre outras ações. A investigação teve como base os vínculos da Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip)), da Sefaz.

Os mandados de busca e apreensao, cumpridos nas empresas e em residências, resultaram no sequestro de bens, que serão utilizados para ressarcimento dos R$ 73 milhões, até então identificados, sonegados dos cofres públicos. "Agiam de forma muito agressiva aos cofres da Bahia e nem tinham preocupação em mudar os endereços das empresas", disse ao destacar que quatro mandados contra empresas diferentes foram realizados no mesmo local.

Segundo os promotores, o grupo atuava na sucessiva criação de empresas, utilizando nomes de pessoas "laranjas", mais de 20 nomes, que na maioria das vezes eram os próprios empregados e nao tinham conhecimento do crime. "Pelas investigações constatamos que muitos desses "laranjas" aceitavam responder por tais empresas em troca da manutenção do emprego e sem conhecimento do que realmente estava fazendo", destaca Marcelo Sanfron, delegado da Polícia Civil. 

No entanto, irão responder a inquérito, em liberdade, pelos crimes fiscais, associação criminosa e lavagem de capital. Alguns já foram alvos de mandadas de buscas e foram intimados a prestarem esclarecimentos. Já os três empresários e o contador, foram presos temporariamente por cinco dias, podendo ser prorrogável por mais cinco. 

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