Moradores denunciam caso de assédio sexual com crianças moradoras de rua na Avenida Sete

Moradores do Centro de Salvador, especificamente na Avenida Sete de Setembro, denunciam caso de abuso sexual contra crianças, com idades entre cinco e oito anos, moradoras de rua e em situação de vunerabilidade. Segundo eles, homens que passam no local molestam as vítimas, ao pedirem dinheiro às pessoas.

Uma mulher, que preferiu não se identificar, relatou que ela e outras pessoas que moram na região já presenciaram o assédio sexual e tentaram registrar o caso no Conselho Tutelar XV, localizado na Rua Carlos Gomes, e no Conselho Tutelar II, localizado no Largo da Barroquinha. No entanto, de acordo com a denunciante, não obteve resposta.  ‘’Um passa pro outro e ninguém faz nada’’. 

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Ao BNews, o Conselho Tutelar XV confirmou a denúncia do caso, porém, o local (Avenida Sete de Setembro) não é da área de abrangência do órgão e sim da Barroquinha.

A reportagem não conseguiu contato com o Conselho Tutelar II. Mas o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMCDA) – órgão fiscalizador – esclareceu que é necessário que a denúncia não seja feita apenas por telefone, caso o denunciante não consiga contato. Ao BNews a secretária-executiva do CMCDA, Sheila Alban, ressaltou que caso eles tenham sido explorados sexualmente e abusados, é um crime de competência da Delegacia Especializada de Repressão a Crime Contra Criança e Adolescente (DERCA). 

Além disso, a secretária-executiva afirmou que vai registrar a denúncia, averiguar a situação e encaminhar para os órgãos competentes. ‘’Vamos encaminhar para o Conselho da Barroquinha, para a DERCA e para a equipe de abordagem social, que é vinculada a Secretaria de Promoção Social, essa equipe fica nas ruas verificando todo esse tipo de criança, adolescente e pessoas em situação de vulnerabilidade’’. 

Contudo, ressalta-se a dificuldade das pessoas em conseguirem registrar uma denúncia no Conselho Tutelar, visto que, os denunciantes afirmaram ao BNews que os órgãos em questão (Conselho Tutelar XV e Conselho Tutelar II) estavam transferindo responsabilidade.