Polícia

Operação A La Carte: revistas não impediam entrada de armas e drogas em presídio

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Operação foi realizada pelo Gaeco e pela CSI, em Salvador  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 06/04/2018, às 11h48   Vinícius Ribeiro e Adelia Felix



A operação "A La Carte", deflagrada, nesta sexta-feira (6), pelo Ministério Público do Estado (MP-BA), chegou a dois homens envolvidos em um esquema de entrada de ilícitos na Penitenciária Lemos de Brito, localizada no bairro da Mata Escura, em Salvador. Em coletiva na sede do órgão, no bairro de Nazaré, a coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) promotora Ana Emanuela Rossi Meira detalhou a ação que prendeu o funcionário terceirizado da empresa que presta serviços de alimentação na unidade prisional, Emerson Cordeiro Felipe.

Segundo a promotora, o terceirizado é acusado de levar aparelhos celulares, drogas e armas para o interno Jeferson Jesus da Costa, conhecido como “Leôncio”. Na coletiva, a promotora disse que as revistas não impediam que os materiais chegassem ao seu destino.

“No momento que ele repassava a comida para os internos, ele entregava esses bens. Ele vinha com esse material e depois colocava em seu corpo, debaixo das suas vestes e no momento da entrega da alimentação, repassava esses materiais ilícitos. Foram encontrados na residência desse servidor público uma série de facas, de aparelhos celulares, carregadores, e na cela do interno, agendas que remetem à comercialização ilícita de substâncias entorpecentes. Inclusive, com indicação de pessoas, de valores, de vendas, de comercialização mesmo de drogas, e também ficou comprovada a entrega de valores em dinheiro quanto de substâncias entorpecentes como pagamento, uma vantagem indevida percebida por esse serviço prestado por esse auxiliar de cozinha”, disse Rossi. 

"Leôncio" é apontado como uma das “lideranças” do presídio e também como articulador da entrada clandestina de drogas, armas e aparelhos celulares na unidade, utilizados para as ações de uma das principais facções criminosas em atuação no Estado da Bahia. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara de Tóxicos da Comarca de Salvador. Na residência de Emerson, foram encontradas armas cortantes, como peixeiras e facas, celulares e carregadores. A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e pela Coordenação de Segurança e Inteligência (CSI).

A ação ilegal, que teria sido iniciada há 2 anos e meio, foi identificada após uma conversa flagrada via WhatsApp há cerca de 40 dias. O superintendente de Gestão Prisional, Júlio César Ferreira, em conversa com o BNews, disse que o aparelho celular que deu origem à investigação foi encontrado pelos agentes penitenciários em uma das revistas realizadas na unidade prisional.

Na oportunidade, o prefeito foi questionado se este não era o momento de disputar o governo. “Não sei o que vai acontecer no meu futuro. Não sei se Deus me reserva essa missão um dia”.

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