Polícia

Após série de homicídios, socióloga questiona: 'é a missa encomendada das eleições?'

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Vilma Reis defende uma ação coletiva para combater regra instituída pelo estado   |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 14/06/2018, às 13h00   Vinícius Ribeiro


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Presente na entrevista coletiva realizada pelo Bando de Teatro Olodum, que emitiu manifesto contra a violência sofrida pelo ator Leno Sacramento, a socióloga e ouvidora-geral da Defensoria Pública do Estado (DPE-BA), Vilma Reis, somou o caso aos números elevados da violência que ocorre em Salvador e demais cidades baianas. 

"No final de semana, as mulheres negras e as famílias negras da Região Metropolitana já fizeram 29 enterros", destacou emocionada. "A gente pergunta se é a missa encomendada das eleições", provocou, na manhã desta quinta-feira (14).

Para Vilma Reis, a ocorrência envolvendo o ator do Bando de Teatro Olodum não é um fato isolado, e sim, uma regra instituída pelo estado. "A regra é superencarceramento negro, a regra é genocídio da população negra, a regra é eliminação dos corpos negros", afirmou.

Contra o que ela classifica de regra, a socióloga disse que é preciso uma ação coletiva: "Ou a sociedade se envolve, ou, por favor, não nos chamem para vestir branco quando um menino branco for também abatido nessa guerra. Não nos convidem, porque com a mãe negra ninguém chora".    

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