“24 horas por dia escoltado”, admite promotor de Justiça perseguido pelo PCC

O combate contra o crime organizado compromete especialistas no mais alto grau de responsabilidade. É o caso, por exemplo, do promotor de Justiça de São Paulo, Lincoln Gakiya. Na última terça-feira (29), quatro membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) foram condenados por integrar um plano para executar autoridades públicas.

A princípio, Carlos Alberto Damásio (“Marlboro”), Roberto Cardoso de Aguiar (“Viola”), Gabriel Nakis Gonçalves e Tony Ricardo Silveira. Com penas entre nove e 11 anos e quarto meses de prisão em regime fechado, as defesas dos acusados ainda podem recorrer. Eles negam envolvimento no plano de atentado.

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Questionado sobre a rotina de um promotor, Gakiya relatou que o crime organizado o colocou na posição de perseguido. Segundo o promotor, que tem 33 anos de atuação, as 24 horas do seu dia são escoltadas por forças especiais.

“É uma situação muito difícil para um agente da lei como euter que andar 24 horas por dia escoltado por forças especiais da Polícia Militar, praticamente sem momentos de lazer, viagens de férias. Costumava inclusive visitar estados do Nordeste, a Bahia, mas hoje não posso mais gozar dessa vida social, inclusive familiar. Minha rotina aqui é praticamente de casa para o trabalho, do trabalho para casa. E viagens só escoltado e de ordem profissional. Essa é a situação hoje que o crime organizado me colocou”, detalhou, em entrevista à Rádio Metrópole.

Lincoln Gakiya analisa o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco) desde 2008. Contudo, diretamente na investigação da facção paulista, no entanto, ele atua há cerca de 15 anos.