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Polícia fecha o cerco contra criminosos de Portão

Imagem Polícia fecha o cerco contra criminosos de Portão
Neste mês de novembro dois dos mais procurados “comandantes” do tráfico foram presos   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 19/11/2011, às 16h01   Redação Bocão News



O traficante, assaltante e homicida Djavan Santos da Conceição, o “Malhado”, apontado como mentor e participante da chacina ocorrida na localidade de Pé Preto, em Portão, município de Lauro de Freitas, no dia 10 de outubro deste ano, foi apresentado nesta sexta-feira (18), no edifício-sede da Polícia Civil, na Piedade, me companhia de quatro comparsas.

Policiais da 34ª Delegacia Territorial (Portão) apreenderam com o grupo uma pistola 380 municiada, 2,5 kg de drogas, ferramentas para arrombamentos de caixas eletrônicos, como maçaricos e explosivos, além de dois veículos usados em ações criminosas.

Segundo o delegado Cláudio Meireles, titular da 34ª DT, que apresentou os criminosos durante coletiva à imprensa, ao lado da diretora do Departamento de Polícia Metropolitana (DEPOM), delegada Heloísa Brito, a chacina em Pé Preto foi motivada pela disputada de pontos de tráfico entre Malhado e Diego Reis da Silva, o “Chalalau”, capturado no início deste mês, por policiais militares da Rondesp.

Chalalau, também apresentado nesta sexta-feira, era o alvo dos ataques, quando três pessoas morreram e uma quarta ficou ferida. “Hoje as duas quadrilhas responsáveis pela chacina de Portão estão desarticuladas e presas”, enfatizou Meirelles.

Malhado, já com prisão preventiva decretada, foi capturado por volta de 16 horas da quinta-feira (17), nas imediações de um imóvel que alugara há apenas 20 dias, na rua Flamengo, no condomínio Água Marina, em Itapuã. Ocupava o veículo Pálio, de cor branca, placa NYR-2488, em companhia da namorada Rejane Celestina Santos e de Maurício Fiuza Macedo da Silva, o “Maumau”, quando foi abordado pela equipe da 34ª DT. No carro, conduzido por Maumau, havia cerca de 100 gramas de cocaína.

Na casa da rua Flamengo, locada em nome de Rejane, os investigadores aprenderam 1,5 quilo de pasta base de cocaína, 100 cápsulas com a mesma droga prontas para venda, 250 gramas de crack em pedras de tamanho grande, vários sacos para embalagem, uma balança de precisão, uma pistola 380 com17 munições intactas, um colete balístico, um blusão do Exército, um notebook e três celulares, além de R$ 1 mil.

O delegado Cláudio Meirelles revelou que as investigações em torno das quadrilhas de traficantes em Portão foram iniciadas em junho deste ano. Uma delas, liderada por Chalalau, teve seis integrantes presos numa ação policial, enfraquecendo o domínio na região. Isto motivou Malhado a tentar obter o controle total do tráfico no local, intimidando a quadrilha rival: no dia 10 de outubro,  reuniu cerca de 20 criminosos armados e ordenou que fizessem disparos em via pública. “Quatro moradores da localidade de Pé Preto, sem qualquer envolvimento em atividades criminosas, foram atingidos mortalmente”, informou Meireles.

Caixa eletrônico

Responsável pelo abastecimento de drogas em Lauro de Freitas, Malhado, também articulado com a organização criminosa Comissão da Paz, que atua em presídios, vinha se preparando para arrombar  caixas eletrônicos, conforme constataram os investigadores.  No seu esconderijo em Itapuã, havia um maçarico de grande porte, um óculos apropriado para uso de maçarico, alavancas, chave de fenda e chave inglesa. A operação policial teve o apoio da Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública (SI).

Numa praça, a equipe comandada pelo delegado Cláudio Meireles conseguiu prender, no final da tarde, mais dois integrantes da quadrilha, identificados como Letícia Paula dos Santos, a “Galega”, e George André Vicente Barbosa da Silva, o “André Piloto”. Apontada como braço direito de Malhado, Galega era responsável por armazenar e distribuir drogas entre pequenos traficantes da região.

Na casa dela, na localidade Fonte das Pedras, em Portão, foram encontradas 237 pedras de crack embaladas para venda, mais de 20 gramas de cocaína, 50 gramas de maconha prensada, além de bananas de dinamite. Galega e André Piloto tinham mandados de prisão temporária em aberto.

Um veículo Golf, de cor prata, também foi apreendido em poder dos bandidos, bem como um dispositivo eletrônico para detonar explosivos.  A delegada Maria Danielle Sousa Monteiro, plantonista da 34ª DT, autuou Malhado, Rejane, Maumau, Galega e André Piloto em flagrante por tráfico de drogas, associação ao tráfico, formação de quadrilha, porte ilegal de arma e uso de equipamentos explosivos. O grupo também foi indiciado por crime de homicídio.

A foto e as informações são da SSP

Classificação Indicativa: Livre

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