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PF atesta que Brazão fez repasse a miliciano para atrapalhar investigação do caso Marielle

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No mês de fevereiro, Brazão e um funcionário de seu gabinete foram alvos de mandados de busca e apreensão   |   Bnews - Divulgação Reprodução // O Dia

Publicado em 08/09/2019, às 18h56   Redação BNews



O inquérito da Polícia Federal sobre o Caso Marielle traz indícios de que o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro Domingos Brazão fez repasses suspeitos de dinheiro ao funcionário de seu gabinete, Gilberto Ribeiro da Costa.

Investigadores desconfiam que Costa, por sua vez, tenha feito pagamentos ao policial militar Rodrigo Jorge Ferreira para que ele mentisse sobre a identidade dos mandantes das mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A informação foi confirmada ao UOL por duas fontes ligadas ao caso.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) que Brazão "teria utilizado de pessoa e da estrutura de seu gabinete para interferir no rumo das investigações iniciais do duplo homicídio." A apuração do UOL permite confirmar que esta pessoa citada por Dodge é Costa.

A procuradora-geral também deseja apurar se o conselheiro é o "autor intelectual" do atentado. No final de agosto, o STJ determinou que a Justiça do Rio conceda a ela cópia do inquérito da PF.Brazão e Costa negam qualquer participação no caso. No mês de fevereiro, ambos foram alvos de mandados de busca e apreensão em suas respectivas casas.

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