Polícia

Caso Marielle: perícia em áudio de portaria só foi feita um dia após repercussão na mídia e ficou pronta em 2h25

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A análise das conversas entre o porteiro e moradores da casa 65/66 foi solicitada oficialmente às 13h05m11s de terça-feira (29)  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 01/11/2019, às 15h03   Redação BNews


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A perícia nos áudios dos interfones do Condomínio Vivendas da Barra no dia da execução da vereadora carioca Marielle Franco foi feita um dia após a divulgação do caso pelo Jornal Nacional, da TV Globo, e ficou pronta em cerca de 2h25. 

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, a análise das conversas entre o porteiro e moradores da casa 65/66 foi solicitada oficialmente às 13h05m11s de terça-feira (29). Por volta das 15h30, após a perícia, o Ministério Público (MP) afirmou que o funcionário mentiu ao dizer à polícia que um dos acusados do homicídio, Elcio Queiroz, havia pedido para ir na casa 58, que pertence ao presidente Jair Bolsonaro.

Todas as sete perguntas feitas pelo MP para os peritos fazem referência à casa 65/66, de Ronnie Lessa, acusado de participar do crime junto com Queiroz. Os dois estão presos desde março de 2019. No ofício encaminhado na terça à coordenadora de Segurança e Inteligência do MP do Rio, Elisa Fraga de Rego Monteiro, não há nenhuma questão sobre a casa 58 – como é presidente, Bolsonaro só pode ser investigado com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a publicação, o MP tem os áudios com as conversas entre a portaria e as casas pelo menos desde o dia 14 de outubro. Durante a entrevista coletiva de terça, promotoras do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) disseram que os áudios da portaria mostram que a autorização para Queiroz entrar no condomínio foi dada por Lessa e afirmaram que não havia qualquer gravação da suposta conversa entre o porteiro e algum morador da casa 58.

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