Polícia

Atriz e ex-BBB vão parar na delegacia ao tentarem intervir em abordagem policial; eles denunciam racismo e violência

Divulgação/Rodrigo França
Advogados foram acionados pois a suposta vítima de agressão e racismo estava detida e incomunicável  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Rodrigo França

Publicado em 09/11/2019, às 16h37   Aline Damazio



O ator carioca Rodrigo França e ex-participante da 19ª edição do Big Brother Brasil (BBB) foi parar na Delegacia de Flagrantes no Iguatemi, em Salvador, ao denunciar racismo e violência durante abordagem policial com dois jovens, no bairro Santo Antônio Além do Carmo, Centro Histórico de Salvador, neste sábado (9).

Durante entrevista ao BNews, o ex-BBB destacou os momentos de indignação e tensão que passou ao tentar intervir na ação dos agentes.

“Seguia para almoçar com mais sete colegas atores, quando passamos por dois policiais que abordavam de forma exacerbada dois jovens, apontando armas para os jovens, usando violência na revista aos homens, enquanto os moradores do local falavam que eles eram trabalhadores de uma obra de reforma próximo ao local. Nesse momento tentei falar com os agentes e eles foram truculentos”, conta.

O ator carioca revelou que foi policial há doze anos no Rio de Janeiro e tem noção de como deve ser uma abordagem com respeito ao cidadão. “Há anos trabalhei como policial e sei que quando fazemos abordagem a um suspeito não é necessário aplicação de tanta brutalidade, armas apontadas para o suspeito, e devemos levar em consideração o que as pessoas, as testemunhas estão falando”, afirma.

Além do ex-BBB, uma das atrizes do grupo também pediu para os policias não agirem com tanta violência.

“Por favor, para com isso, você não é autoridade para isso, você não pode tirar o caro do trabalho, isso é um deserviço”, fala a atriz indignada. 

Grupo seguiu a viatura da polícia 
Como os decidiram insitiram em conduzir um dos jovens, identificado como Anderson dos Santos, para a Central de Fragrantes. O ex-BBB Rodrigo França, a atriz Aline Borges e o grupo de atores seguiram a viatura com receio do jovem sofrer mais violência. Ao chegar na Delegacia de Flagrantes, eles acionaram advogados pois a suposta vítima de agressão e racismo estava detida e incomunicável.

“Enquanto o Wanderson estiver preso, não sairemos daqui. Estamos com passagem comprada para Cabo Verde hoje à noite, contudo, não vamos embora  sabendo que um jovem negro está preso de forma injusta”, afirma.

Por nota, a Polícia Militar informou que policiais avistaram dois homens correndo e que em seguida entram em uma casa, levantando suspeita na atitude. Os agente ao darem voz de parada aos homens, um deles se negou, passando a desacatar os policiais, dizer palavras de baixo calão e ameaça de morte a dupla de serviço.

O ato ocorreu em via pública, onde populares incitaram a ação do detido, alegando que a abordagem era ilegal e o único motivo era por ele ser negro.

A dupla solicitou apoio de uma viatura. O homem foi identificado como Wanderson dos Santos Almeida, ele foi conduzido a bordo de uma viatura à Central de Flagrantes por desacato a guarnição.

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