Promotor confirma versão de que chacina de motoristas foi por vingança e sentença pode chegar a 215 anos

O promotor de Justiça Davi Gallo afirmou nesta terça-feira (21), durante coletiva de imprensa no Ministério Público, que o motivo da chacina na Mata Escura, que resultou na morte de quatro motoristas de aplicativos, foi vingança. 

O MP entrou com a denúncia contra Benjamim Franco da Silva Santos, vulgo Amanda ou Franklin, único preso até o momento pela participação na chacina.

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O depoimento do promotor confirma a versão inicial de que o mandante do crime queria se vingar após motoristas se recusarem a entrar na localidade, "diante do histórico de violência". 

O caso teria acontecido em uma quinta-feira, no dia 12 de dezembro, quando um familiar, inicialmente informado que seria a avó do suspeito, estava doente e precisava ser levada a um hospital. No dia seguinte, na sexta-feira (13), o crimonoso "alardeou para todo mundo" que era "sexta-feira 13" e que o "Bonde do Maluco ia matar 10 motoristas" por vingança pelo "parente que veio a falecer".

De acordo com o promotor, esta foi a motivação principal do crime, mas "no curso de toda a empreitada", foram praticados outros delitos, que se configuraram como "roubo qualificado", e que pode resultar em penas de mais de 15 anos.

Davi Gallo se comprometeu em levar o caso até o fim, para que os culpados sejam condenados e presos. A pena pode chegar até 215 anos de reclusão.

"Todo o crime começa com essa vingança, só que no curso de toda a empreitada criminosa, no intercrime, como nós chamamos, eles resolveram praticar outros crimes. E aí nós temos cinco crimes de roubo qualificado, em que as penas podem chegar a 15 anos ou mais [...] Este aqui vai pagar o que deve. Vou, como prometi, até o fim buscar a condenação dele, como já falei que pode ser no mínimo de 98 anos e meio, podendo chegar a 215 anos de reclusão", explicou.