Polícia

Comércio ilegal de abortivo e estimulantes sexuais continua

Imagem Comércio ilegal de abortivo e estimulantes sexuais continua
Em um dia, cinco mulheres deram entrada em emergência com principio de aborto induzido   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 27/12/2011, às 09h53   Redação Bocão News


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Ambulantes continuam vendendo remédio abortivo e estimulante sexual na Feira de São Joaquim, em Salvador. Os mais comuns no estoque dos vendedores, Cytotec e Pramil, são proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas são comercializados a luz do dia e custam em média R$ 120. 
Em fevereiro deste ano, o Bocão News acompanhou com exclusividade uma operação do núcleo Baía de Todos os Santos da Rondas Especiais (Rondesp) na Feira, onde mais de 40 caixas de medicamentos clandestinos, entre eles Pramil, foram apreendidas. Além dos remédios, cinco funcionários de uma bomboniere, acusados de venda irregular dos remédios foram encaminhados à Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) nos Barris. 
Mas, a comercialização dos remédios continua acontecendo em Salvador e os comerciantes irregulares tentam driblar a fiscalização da Anvisa e a polícia que busca coibir a ação dos criminosos. 
Em 2005, o registro do Cytotec foi definitivamente cancelado pela Anvisa. Hoje, apenas a medicação Prostokos, com o mesmo princípio ativo do Cytotec, é permitida nos hospitais para esvaziamento uterino por morte embrionária ou fetal e em caso de aborto previsto em lei.
Não há estatísticas oficiais, no Estado e no País, de quantos abortos foram provocados pelo uso indevido de Cytotec. Mas estudos mostram que a automedicação da droga tem contribuído com os índices da mortalidade materna.
Na última quarta-feira (21) cinco mulheres chegaram à enfermaria da Maternidade Tsyla Balbino, na Baixa de Quintas, em processo de abortamento induzido. Elas tiveram de passar por curetagem uterina, procedimento médico para retirar os restos fetais de um abortamento incompleto.

Foto: Edson Ruiz // Bocão News

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