Polícia

Detido capoeirista que ateou fogo em mulher

Publicado em 28/12/2011, às 07h05   Patrícia Costa


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O mestre de capoeira Roberto de Jesus dos Anjos, 49, acusado de atear fogo na mulher Antônia Brito Souza, 45, e no filho, Robenilson Souza dos Anjos, 26, no último domingo (25), foi detido na manhã desta terça-feira (27), por volta das 8h, após policiais da 6ª Circunscrição Policial (Brotas) tomarem conhecimento sobre a morte de Antônia, que estava internada no Hospital Geral do Estado (HGE), com 70% do corpo queimado.

De acordo com o chefe do Serviço de Investigação (SI) da 6ª CP, Paulo Portela, Mestre King-Kong, como é conhecido, foi encontrado no Edifício Marta Rocha, localizado na Rua Afonso Celso, no bairro da Barra, em Salvador, após denúncia anônima. "Quando chegamos no local batemos na porta, mas só escutamos latidos de cachorros e ficamos lá aguardando até alguém aparecer. Foi aí que depois chegou o dono da casa, cuja identidade foi mantida em sigilo, que nos contou que o acusado chegou pedindo abrigo porque tinha se queimado", informa Portela acrescentando que o proprietário é aluno de King-Kong, que dava aulas para crianças e adultos na academia Capoeira Bahia, localizada na Rua João de Deus, no Pelourinho. 


O chefe do SI explica que o capoeirista havia sido detido, em flagrante, na 2ª Delegacia Teritorial na Lapinha por tentativa de homicídio, mas o advogado dele, César Rocha, conseguiu alvará de soltura e ele foi liberado também porque não estava bem de saúde. No dia do atentado, King-Kong acabou se queimando nos braços, pernas e quadril,alegando ter tentado socorrer a mulher.  

"Agora a vítima morreu e Roberto vai ter responder por homicídio. Por enquanto, ele ainda não está preso e vamos aguardar a decisão da Justiça. O correto é decretar a prisão preventiva dele de uma tentativa seguida de morte”, conta Portela.

Na 2ª Delegacia de Polícia, logo depois do crime, Roberto afirmou que o suposto sumiço de R$ 150 foi motivo suficiente para que ele ateasse fogo na mulher, dentro da casa onde moravam, no bairro de Pau Miúdo.  Já na 6ª CP, ele contou à nossa reportagem que apesar da separação, o casal vivia na mesma casa, “mas ela me humilhava demais, me chamava de preto, dizia que eu não tinha ninguém na vida e isso foi me consumindo e não aguentei mais”, disse King-Kong aos prantos, alegando estar arrependido pelo crime que cometeu.

O acusado será transferido para o Departamento de Homicídios e de Proteção a Pessoa (DHPP).


Fotos: Gilberto Junior//Bocão News
Matéria publicada às 13h do dia 27

Classificação Indicativa: Livre

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